Cidades

Amapá entra em alerta após caso confirmado da variante Delta no Pará

Reunião de urgência aconteceu nesta quinta-feira (05) para tratar sobre as medidas de segurança em relação a esse caso.


Lana Caroline
Da Redação

 

Nesta quinta-feira (05), o Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), confirmou o primeiro caso da variante Delta do novo coronavírus no estado paraense. Trata-se de uma mulher, de 26 anos, que chegou dos Estados Unidos no dia 18 de julho. Por ser uma cidade vizinha ao Amapá, as autoridades sanitárias amapaenses realizaram uma reunião, ainda na quinta-feira (05), para tratar sobre as medidas de segurança em relação a esse caso.

“É uma situação que preocupa a todos nós, pois acabamos de dar uma boa notícia aos amapaenses sobre a redução dos números de transmissão, óbitos e internações, ou seja, todos esses fatores da zona de risco e transmissão foram controlados. Agora existem as ameaças externas. Nesta quinta, realizamos uma reunião, convocada pelo governador Waldez Góes, para alinhar a situação e o monitoramento da variante Delta no estado, que até agora não registrou nenhum caso”, afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde, Dorinaldo Malafaia, durante o programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM).

Segundo o superintendente, a variante está confirmada em 132 países, inclusive o Brasil, que conta com 101 casos confirmados no Rio de Janeiro; 54 em Distrito Federal; 45 em Rio Grande do Norte; 29 no Paraná; 27 em São Paulo e um no Pará, somando 257 casos no país.

“Esse recorte todo [casos] nos leva a uma preocupação iminente. De fato, entramos numa fase onde a nossa urgência se dá pela preocupação da variante Delta ter uma velocidade de transmissão muito alta. Não temos confirmações sobre a letalidade, pois estamos em processo de vacinação que está sendo eficiente para evitar agravamento da doença”, explicou Malafaia.

Pela proximidade com países e estados fronteiriços ao Amapá, a probabilidade de entrada da variante é real e com o avanço na vacinação se torna mais fácil combater o vírus. “Pelas proximidades, a probabilidade de entrada da variante no estado é real. Nós precisamos avançar na vacinação, atuar no sentido de comunicação com a população que não está aderindo a vacina. As medidas restritivas são duríssimas, há mais de ano estamos assim, e com uma variante nova surgindo, vamos ter que rever as medidas de flexibilização. Mais do que nunca precisamos usar máscara, álcool em gel e nos vacinar”, disse Dorinaldo.

Neste período de julho, muitas pessoas aproveitaram para viajar para destinos em que a variante já estava confirmada ou que estava sobre ameaças. Para reforçar os cuidados, a SVS irá reunir com equipes que trabalham em barreiras de fiscalização a fim de ter mais atenção com essas pessoas. “As barreiras estão em atividade. Vamos ter uma reunião com a equipe do aeroporto, Porto de Santana, e reforçar a discussão com as fronteiras, para dar mais atenção a essas pessoas que viajaram e já estão de volta”, finaliza Malafaia.

Os principais sinais e sintomas são febre, dor de cabeça, coriza e dor de garganta. Com a variante delta, os casos têm menor ocorrência de tosse e perda de paladar e olfato. Esse quadro pode ser confundido com um resfriado comum, o que acaba levando muitas pessoas a não procurar atendimento e à possibilidade de contaminar outras sem saber que estão com a Covid.


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