Cidades

Amapá prepara ações para prevenção e tratamento do HIV/Aids

Superintendência de Vigilância em Saúde fará atividades em escolas e intensificará trabalho de testagens com municípios.


Mobilização nos municípios para a realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C, com oferta de instrumentos e profissionais para os procedimentos.

Apartir de terça-feira, 4, e ao longo de todo o mês de dezembro, o Governo do Amapá promove um conjunto de ações voltadas à prevenção ao HIV, à Aids, sífilis e demais Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) promoverá palestras em escolas da rede estadual, com o objetivo de levar a mensagem de responsabilidade e conscientização aos jovens sobre o cuidado com a saúde.

Será também intensificada a mobilização nos municípios para a realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C, com oferta de instrumentos e profissionais para os procedimentos. Além disso, locais estratégicos de Macapá e Santana receberão dispensadores de preservativos masculinos, femininos e gel lubrificante. Serão distribuídos 300 mil preservativos masculinos, 60 mil femininos e 50 mil lubrificantes.

Uma ação educativa ocorrerá no dia 10 de dezembro, com os agentes de endemias do Estado, na SVS.

Vencer o preconceito
R.A tem 40 anos, e vive com HIV há 6 anos. Ela, que tem um relacionamento estável, tem 10 filhos. A mulher revela que teve os três últimos depois que descobriu ter o vírus. R.A. conta também que, após ter aparecido em um programa de TV local, passou a sofrer preconceito e teve que mudar de endereço.

As dificuldades que surgiram ao longo da vida, porém, não a impediram de procurar o melhor para a família e ter qualidade de vida. “O que é ruim no HIV é o preconceito do ser humano, parece que é um bicho de sete cabeças. Sou alta, gordinha, pouca coisa me deixa pra baixo, tenho a estima altíssima, saúde pra dar vender e alugar, viajo bastante”, contou bem-humorada a mãe que integra o Movimento Nacional de Cidadãs Positivas.
Nem o companheiro e nenhum dos filhos de R.A. são soropositivos. Ela conta, ainda, que recebe a medicação suficiente para um período de até três meses da rede estadual de saúde e que, vencendo o preconceito, consegue ter uma vida com a saúde equilibrada.

Dados
De acordo com a Coordenação Estadual de IST/Aids da SVS, o Amapá registrou em 2018 um total de 174 novos casos de pessoas com HIV. Desse número, 123 são homens e 51 mulheres.
O registro aponta queda em relação aos três últimos anos. Em 2017, foram 269 novos casos; em 2016 o quantitativo chegou a 250; e em 2015, a 135 pessoas infectadas. A faixa etária com maior número de casos, este ano, é de jovens entre 20 e 29 anos. Nessa idade, há 76 pessoas que foram infectadas.

A capital, Macapá, tem em 2018 a maior concentração de novos casos, com 137 infectados.

Em 2018, 26 gestantes foram registradas como HIV positivo. O resultado é o menor dos últimos quatro anos.

Com a Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida (Aids), o Amapá registrou 70 novos casos em 2018. O resultado é a metade do quantitativo do ano passado, quando houve notificação de 142 casos. Jovens e adultos entre 20 e 39 anos são o principal grupo de contaminados, com 46 notificações. Há ainda, em 2018, um total de 53 novos casos de sífilis congênita no estado. Menor número de pessoas infectadas com a doença nos últimos três anos. Em 2017, foram 76 casos; e em 2016, as notificações chegaram a 68.

Já os casos em gestantes de sífilis chegaram, este ano, a 182 – o que indica, também, diminuição em relação aos anos anteriores (2017 = 234 casos; e 2016 = 170 casos).

Segundo o Sistema de Informação de Controle e Logística de Medicamentos Antirretrovirais (Siclom), há no Amapá 2.497 pessoas cadastradas, recebendo insumos. O sistema indica também que desse total, 518 pessoas abandonaram o tratamento..


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