Cidades

Amapá tem o maior índice de desperdício de água do país, revela estudo

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) aponta alguns fatores que contribuem para esse índice, e aponta medidas tomadas para reduzir o desperdício.


Railana Pantoja
Da Redação

 

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (1), pelo Instituto Trata Brasil, aponta que o Brasil desperdiça 40% de toda a água potável que é captada. Os dados são referentes ao ano de 2020 e apontam piora em relação a 2019, quando foi registrado um desperdício de 39%.

A região norte apresenta os piores índices do país, tendo 51% de toda água produzida desperdiçada, enquanto apenas 58% da população é abastecida com água potável. Entre os estados, o Amapá é que mais perde o produto, tendo 74% de desperdício da água tratada.

Segundo o presidente da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), Valdinei Amanajás, existem vários fatores que contribuem para os índices alarmantes de desperdício do produto. “A região norte como um todo tem esse problema, tanto que o índice está acima da média nacional. Há vários fatores que influenciam diretamente: o primeiro é a nossa rede de distribuição, que é antiga, tem mais de 40 anos, e com isso incidem os grandes vazamentos, considerando a dificuldade da manutenção com grandes investimentos. Hoje, o Brasil todo investe muito pouco em saneamento básico e água”, justificou o presidente da Caesa, Valdinei Amanajás.

Outro fator que também prejudica é o desvio clandestino de água feito a partir das encanações da Companhia, além do mau uso do líquido em ambientes domésticos. “Nós temos cerca de 30 mil consumidores de água que não estão cadastrados na Caesa, e isso é um índice elevadíssimo para perda, pois influencia diretamente nos 74% de desperdício”, complementou.

De acordo com o presidente, para reduzir o índice de desperdício e resolver outros problemas em relação à água, o estado optou por fazer a concessão do saneamento básico. “O projeto do saneamento básico e da água vai proporcionar um investimento de R$ 1 bilhão, que é justamente para fazer, durante os próximos oito anos, a universalização do sistema de água e esgoto do Amapá. A partir do ato da assinatura do contrato, já tem recurso garantido para manutenção, substituição de bombas e canos, e atualização cadastral. Então, foi uma decisão acertada do governo. A partir da gestão da concessionária agora em 2022, teremos índices melhores futuramente”, finalizou o presidente.


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