Cidades

Ambulantes protestam em frente à prefeitura

Batateiros e chapeiros pedem que a PMM reveja ordem de retirada dos mesmos da Orla de Macapá. Reordenamento dos espaços públicos está sendo feita por Recomendação do Ministério Público.


 
Após o confronto ocorrido no início da noite dessa terça-feira (08) na Avenida Beira-Rio entre ambulantes irregulares e guardas municipais, batateiros e chapeiros fecharam nesta quarta-feira a Avenida FAB, em frente à sede da prefeitura (PMM). Eles pedem que a prefeitura reveja a ordem de retirada deles da Orla de Macapá, que está sendo feita em atendimento a Recomendação do Ministério Público (MP/AP).
Com faixas, cartazes e gritos de ordem, os manifestantes pedem ao prefeito Clécio Luís o retorno deles para que continuem comercializando seus produtos. O movimento foi engrossado por vendedores de outros produtos, que receiam também serem atingidos pela medida. “Nós não somos delinqüentes, não somos criminosos, somos trabalhadores que temos direito ao trabalho para garantir o sustento das nossas família”, desabou Carlos Guilherme dos Santos.
Outra ambulante, Paula Santana dos Anjos, pediu maior sensibilidade para resolver o impasse: “Nossa manifestação é pacífica porque queremos o diálogo e pedimos que o prefeito Clécio, pessoalmente, fale com a gente, porque não podemos deixar de trabalhar. Trabalhos na Beira-Rio há muitos anos e é com esse trabalho que sustentamos a nossa família. Eu acredito que o prefeito não quer o nosso mal, é certo que ele precisa organizar a cidade, mas tem que pensar na gente também”, argumentou.
 
Confronto
Vários ambulantes entraram em confronto com guardas municipais na Avenida Beira-Rio no início da noite desta terça-feira durante ação da Guarda Civil Municipal (GCCM) para retirar os ocupantes irregulares de espaços públicos. De acordo com testemunhas, os guardas pediram aos ambulantes para que se retirassem, mas alguns reagiram e partiram para o confronto. Três pessoas foram conduzidas ao Ciosp do Pacoval por agressão e desacato.
 
Recomendação do MP
Entrevistada sobre o assunto na semana passada no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) a secretária municipal de Desenvolvimento Urbanístico e Habitacional (Semduh) Telma Miranda afirmou que o planejamento macro de reordenamento de Macapá prevê a retirada imediata de ocupações irregulares do passeio público em toda a cidade. Esse planejamento, segundo ela, está amparado em Recomendação do Ministério Público (MP/AP) que determina a desobstrução dos passeios públicos na Orla da Capital e no centro da cidade, mas a prefeitura está ampliando essas ações à praças, e que já foram instaurados procedimentos pelo MP para a retirada de lojas construídas nas calçadas, como acontece nas avenidas Padre Júlio e Feliciano Coêlho.
“Isso nasceu de varias discussões onde o Ministério Público Estadual exigia da prefeitura o ordenamento do Centro, principalmente. Primeiramente. A intenção do MP era fazer a retirada total e após a definição dos espaços abrir edital para garantir igualdade na competição.  Porém, como um dos lemas do prefeito Clécio desde quando era vereador, é ordenar a cidade sim, mas eexcluir não, garantindo os direitos dos empreendedores, o prefeito juntamente com a equipe fez com que o MP entendesse a importância dessa classe para a nossa economia, e então a Recomendação determinou a retirara de algumas atividades não autorizadas, como chapas, churrasqueiras e venda de bebida alcoólica. Antes da notificação fizemos várias reuniões com os empreendedores, quando colocamos o posicionamento do Ministério Público e a posição da prefeitura. Na última reunião ocorrida pedimos a eles que apresentem uma proposta e estamos aguardando”, explicou Telma Miranda.

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