Cidades

Antônio Feijão alerta para risco de vazamento em barragem da Zamin em Pedra Branca

Geólogo com forte atuação no setor mineral afirma que abandono de barragem da Anglo Ferrous acende sinal de alerta para possibilidade de ocorrer uma tragédia parecida com a que ocorreu em Brumadinho (MG).


O geólogo e advogado Antônio da Justa Feijão alertou nesta segunda-feira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) para o risco de vazamento em barragem da Mineradora Zamin em Pedra Branca, no Amapá. Segundo ele, a falta de manutenção e de fiscalização da barragem, que está abandonada há cinco anos, acende o sinal de alerta para a possibilidade de ocorrer uma tragédia parecida com a que ocorreu na semana passada no município de Brumadinho, em Minas Gerais, que deixou um saldo de pelo dezenas de mortos e mais de 300 pessoas desaparecidas.

Feijão analisa que ao longo da semana os órgãos de fiscalização, em especial o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente) e a Agência Nacional de Mineração (ANM), que sucedeu o DNPM, serão alvos de “muita pressão”, porque além da possível fragilidade, a barragem foi construída de forma inadequada, “por acima dela tem a barragem de água da Anglo Ferrous e ao lado a barragem de rejeitos, ambas coladas; são duas barragens que precisam ser analisadas, porque uma uma rompe há o deslocamento rápido da água e a outra barragem não suporta o volume”.

Na opinião de Feijão, que também é advogado especializado no setor minerário, as hidrelétricas têm que agir para ajudar o governo. “Creio que um eventual acidente não vai ocorrer porque pode ser evitado com as realização das retificações necessárias, mas se não for feito esse trabalho preventivo pode ocorrer sim uma grande tragédia, porque no campo teórico posso afirmar que um rompimento no inverno, em época de chuvas intensas, são 75 quilômetros que separam os rios Amapari e Araguari, e a água encontraria a hidrelétrica em menos de um dia, e quem iria sofrer diretamente com isso, quem pagaria a cota de desgraça seria Ferreira Gomes; não quero apontar ninguém, mas vamos torcer para que este programa de rádio, que é bastante ouvido, esteja sendo ouvido por quem de direito, porque há um perigo emergente, que pode ser detectado através das ravinas, que no Nordeste chamamos de mossoroca, na barragem, que está abandonada há cinco anos”, alertou.


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