Apesar da degradação em que está, Serra do Navio impressiona família de Oswaldo Bratke
Uma entre os visitantes, Bárbara, neta do arquiteto que projetou a cidade, diz: ‘É uma joia que temos nas mãos”

Douglas Lima
Editor
“Ouvimos tantos comentários, e hoje em dia a gente vê o conflito de uma cidade que depois da Icomi foi abandonada, em termos de gestão; é um projeto maravilhoso que merece uma revitalização”.
As expressões foram pronunciadas, no início da noite desta quarta-feira, 26, no programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9), pelo matemático João, 22 anos, bisneto de Oswaldo Arthur Bratke, o arquiteto que projetou Serra do Navio para os funcionários da Icomi, e a Vila Amazonas, em Santana, para a direção da empresa.
João veio ao Amapá especialmente para ir a Serra do Navio, acompanhando a mãe Bárbara Bratke, também arquiteta como o avô Oswaldo, e o pai Orlando, outro arquiteto, além da tia Carolina, fotógrafa. Bárbara imediatamente apontou a Serra como “uma das cidades mais modernas do mundo”.
No Brasil, a neta de Oswaldo Bratke identifica Serra do Navio como a primeira cidade mais moderna, uma vez que foi inaugurada mais ou menos cinco anos antes de Brasília, a capital federal do país. Bárbara, no entanto, destrói o discurso de que a Serra é “uma cidade americana no coração da Amazônia”.
“Não tem nada de gringo. Essa cidade é uma joia que temos nas mãos”, definiu Bárbara Bratker, que com a família pela primeira vez visita o Amapá. O marido Orlando disse que ninguém do clã esperava a contemporaneidade utilizada por Oswaldo Arthur Bratke ao erigir Serra do Navio, o que foi muito utilizado, depois, na arquitetura de Brasília, projetada pela dupla Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Outra neta de Oswaldo Bratke, Carolina, com o seu olhar de fotógrafa, achou tudo maravilhoso em Serra do Navio, e na Vila Amazonas, onde a família também foi. “Tudo maravilhoso, não só a Serra, mas também a Lagoa Azul; Parque do Tumucumaque; a linda neblina, logo de manhã, e depois vem o Sol mais bonito”.
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