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Após bloqueio em Itajaí, governo admite rever lista de pesca p

Após pescadores de Santa Catarina bloquearem por mais de 30 horas a saída de um transatlântico



 

Após pescadores de Santa Catarina bloquearem por mais de 30 horas a saída de um transatlântico no porto de Itajái (SC) em protesto contra lista do governo federal que restringe a pesca de algumas espécies no estado, os ministros da Pesca, Helder Barbalho, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, admitiram que a portaria que definiu as espécies proibidas para a pesca poderá ser revista.

A portaria número 445, de 17 de dezembro de 2014, reconhece mais espécies como ameaçadas de extinção e impede a captura desses animais. Entre eles, estão peixes como garoupa, namorado, cações, emplasto e arraias. A manifestação que bloqueou a saída do transatlântico no porto de Itajaí foi organizada por sindicatos de empresas da área pesqueira e pescadores que questionam a restrição da pesca na região.

Os ministros se reuniram nesta quinta com representantes do setor pesqueiro e com autoridades catarinenses para tentar encontrar uma solução para o imbróglio. Além dos ministros da Pesca e do Meio Ambiente, participaram do encontro o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PP), e o secretário estadual de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Airton Spies.

Durante o protesto na segunda-feira, os mais de 1,8 mil turistas e cerca de 600 tripulantes que estavam no transatlântico Empress não puderam deixar a embarcação. A alfândega não permitiu que eles saíssem do navio porque o embarque já havia sido realizado. O cruzeiro operado pela empresa Pullmantur deveria ter deixado Santa Catarina às 16h30 de segunda-feira em direção ao Uruguai. O navio foi impedido de navegar por vários barcos de pesca que se posicionaram para formar uma barreira.

Ao final da reunião desta quinta-feira no Ministério da Pesca, Barbalho e Izabella minimizaram a insatisfação do setor pesqueiro de Santa Catarina e atribuíram a motivação do protesto à “desinformação” a respeito da portaria federal que restringiu a pesca de algumas espécies de peixes. “No meu entendimento, a desinformação potencializou um sentimento que estava contingenciado”, destacou o ministro da Pesca. Para a ministra do Meio Ambiente, “muito foi dito a respeito da [portaria] 445, mas, na verdade, [isso] provocou mais desinformação do que informação”.


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