Cidades

Após quatro meses, busca voluntária por meninos desaparecidos em Calçoene continua

Neste domingo (8), completará quatro meses que os meninos Renato Siqueira de Jesus, de 13 anos, e Fabrício Oliveira Barbosa, de 14 anos, sumiram em área de mata.


Railana Pantoja
Da Redação

Após quase quatro meses do desaparecimento de Renato Siqueira de Jesus, de 13 anos, e Fabrício Oliveira Barbosa, de 14 anos, as buscas voluntárias continuam. Os meninos desapareceram no dia 8 de abril em área de mata da zona rural do município de Calçoene, após saírem para apanhar açaí, segundo os familiares informaram.

O Governo do Amapá mobilizou uma operação de busca para procurar os meninos, disponibilizando equipes do Corpo de Bombeiros (CBM/AP), Grupo Tático Aéreo (GTA) e da Companhia de Operações Especiais (COE), mas, após não encontrar rastros dos garotos, a operação foi finalizada.

Mateiros da região seguiram realizando buscas e mobilizando novos voluntários ao longo desses meses para tentar encontrar Renato e Fabrício. Segundo o pastor Maurício Dias, que estava em Calçoene nos últimos dias participando da busca, há indícios de que os meninos estejam vivos. “A família continua essa busca, mesmo com dificuldades. No último dia 26, estive como voluntário da equipe que faz as buscas em área de mata e percebi a dificuldade que existe. Não há indícios novos, mas existem os que foram encontrados ainda em maio e junho, como as pisadas deles. Devido à região da mata estar secando, onde eles pisaram ficou nítida a marca das pisadas”, falou Maurício.

Segundo o voluntário, a área de mata é extensa e fechada, mas a família tem concentrado a procura em regiões de nascentes e igarapés. “Os indícios mostram que eles estão percorrendo essas áreas onde existem brotos e nascentes, dentro da mata. Então, as equipes tentam traçar um plano para identificar onde eles estejam possivelmente hoje”, detalhou.

Além de ser cansativo adentrar a área, Maurício explica que as equipes precisam fazer isso carregando alimentos e materiais para se manterem dentro da região. Mesmo sendo um trabalho exaustivo, os voluntários não desistem. “Já estamos com poucos mateiros, mas a esperança continua. Temos muita esperança em encontrar esses garotos e dar dignidade para as famílias, para que o caso não caia no esquecimento e tenhamos uma resposta. A gente tem fé de encontrá-los vivos, claro, ficamos pensando o que eles estão fazendo, como estão se alimentando. Um dos meninos era fã do programa ‘Largados e Pelados’, que é sobre viver no mato, então, talvez estejam sobrevivendo”, finalizou o pastor.

Para custear as buscas, a família solicita ajuda financeira. Doações para transporte, compra de materiais e alimentos dos voluntários podem ser feitas pelo pix de Edineide Siqueira, mãe do Renato: siqueiraedineide38@gmail.com.


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