Cidades

Ataque de cães: adestrador do Canil do Bope ensina técnicas de defesa e sinais de alerta

O tenente da PM Jean Alex, adestrador do Canil do Bope desde 2005, relata algumas situações em que os cães podem se sentir ameaçados e atacam pessoas ou outros animais.


Railana Pantoja
Da Redação

Recentemente o caso de um pastor que foi atacado e morto por um Pitbull enquanto alimentava o animal chamou atenção e acendeu alerta para o ataque de cães.

O tenente da PM Jean Alex, adestrador do Canil do Bope desde 2005, relata algumas situações em que os cães podem se sentir ameaçados e atacam pessoas ou outros animais.

“São diversas situações que levam a ataques, podemos pontuar algumas: os cães que têm possessividade por algum objeto, comida ou pessoa da família, a exemplo cito a raça rottweiler, vão naturalmente tentar defender aquilo que acham ser deles.Tem também os traumas, de repente um cão quando era filhote passou pela situação de alguém pegar uma vassoura e agredir ele com isso, então, fica na memória do animal e quando ele ver alguém com vassoura ou algo semelhante e se sentir ameaçado, vai atacar”, pontuou o tenente PM Jean Alex.

Os cães também podem atacar por instinto natural de reprodução, e ainda por terem temperamento agressivo. “Se em um ambiente tiver mais de um cão e um desses for fêmea no período fértil, o macho vai tentar proteger a fêmea. Então, pode acontecer de alguém tentar se aproximar da fêmea e o macho ter alguma reação contra a pessoa. E no caso dos cães que são naturalmente de temperamento agressivo, pode acontecer desses animais atacarem outras pessoas ou animais”, complementou o tenente.

Antes de atacar, o cão demonstra comportamentos que devem servir de alerta para o humano. “Os cães apresentam expressões corporais, assim como nós. Se você ver um cão rosnando, mostrando o dente, com a orelha em pé, a calda esticada pra trás, o pelo ouriçado, esse cão está te mostrando que ele está entrando em estado reativo, agressivo, e pode tentar o ataque”, alertou.

O adestrador explica que em situações de ataque, é possível se sair utilizando algumas técnicas. A primeira dica é não pegar em cães que você não conhece e nunca teve contato. “Se tiver a possibilidade de fugir, fuja e busque abrigo em um local alto. Em uma situação que não tem jeito, você percebe que vai ser mordido, o conselho é se encostar numa parede, proteger as partes íntimas e dar um dos braços para o cão morder, assim você terá as duas pernas e um braço livres para tentar se desvencilhar”, orientou.

Quando o animal está mordendo, não é aconselhável jogar água, pedaços de madeira, fazer movimentos bruscos ou gritar. “O instinto natural deles é de caça, pegar presas. Então, quanto mais movimento você fizer, mais vai aflorar o instinto predador do cão”, frisou.

O tenente demonstrou na prática, com o pastor belga malinois Dick, de quatro anos, uma situação de ataque e o que fazer para se defender utilizando objetos simples.

 

Veja o vídeo abaixo:


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