Cidades

AVC é a doença do grupo cardiovascular que mais mata, diz médico Wanderson Dias

Sessenta por cento dos que sofrem o impacto da doença perdem a vida; os que não perecem ficam com sequelas, às vezes irreversíveis


 

Douglas Lima
Editor

 

Em cada seis minutos morre uma pessoa de acidente vascular cerebral (AVC) no mundo, e 60% dos que sofrem o impacto da doença também perdem a vida; os que não perecem ficam com sequelas, às vezes irreversíveis. É o mal do grupo cardiovascular que mais mata.

 

Os dados estarrecedores foram citados na manhã desta quarta-feira, 29, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), pelo médico neurocirurgião Wanderson Dias, a propósito do Dia Mundial do AVC, transcorrido hoje.

 

 

Doutor Wanderson, que se formou na Unifap e fez especialização no Rio Grande do Sul, observa que o AVC é uma doença prevalente que mata e sequela, porém muito negligenciada na prevenção e no atendimento imediato para tratamento.

 

O médico alerta que quando alguém sentir fraqueza ou dormência em um lado do corpo, falar com voz arrastada ou confusa, sentir problema de visão, tontura e dor de cabeça intensa deve ser levado imediatamente a um hospital; se não houver transporte, chamar logo o Samu.

 

Esses são os sintomas de quem é acometido de AVC, informou o doutor Wanderson com a informação de que quanto mais rápido o atendimento, melhor para o doente, que pode livra-se das consequências mais extremas do acidente vascular cerebral.

 

Há dois tipos de AVC, fora os chamados múltiplos, os quais inevitavelmente levam o acometido para a morte – hemorrágico e isquêmico, ambos consequentes de interrupção ou rompimento do fluxo de sangue no cérebro. O acidente vascular cerebral hemorrágico é o mais grave.

 

O médico Wanderson Dias disse que dependendo do grau do AVC a doença pode ser combatida com sucesso se receber atendimento até quatro horas e meia após o início do quadro.

 

 

O especialista falou que desde o ano 2000 o Brasil já trabalha com a trombectomia eletrônica, que até 24 horas depois do ataque do acidente vascular cerebral pode dar bons resultados ao paciente.

 

O doutor explicou que a trombectomia eletrônica é a introdução de cateter na artéria do cérebro para retirada do coágulo. Ele informou que infelizmente o procedimento ainda não é feita pelo SUS.

 

Wanderson Dias apontou os portadores de pressão alta, diabetes e colesterol como integrantes do grupo de risco do AVC, além dos tabagistas. Ele ainda salientou que jovens também são passíveis de ser acometidos pela doença.

 


Deixe seu comentário


Publicidade