Bioparque da Amazônia inicia cuidados com peixe-boi e jacaré-açu encontrados em área urbana
Os animais vão passar pelo acompanhamento e só ficarão no parque se não tiverem condições de voltar à natureza.

Marcella Palheta – Da Redação
O Bioparque da Amazônia, maior parque em área urbana do Amapá, tem recebido desde janeiro muitas espécies de animais silvestres resgatados pelo IBAMA e Batalhão Ambiental da PMAP. Sendo o último recorte de floresta de terra firme existente na capital, é um ambiente de extrema importância para a Amazônia e os animais que nela vivem.
Na sexta-feira (17) um filhote de peixe-boi foi recolhido pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Estado na orla do Perpétuo Socorro; e um jacaré de 4 metros, encontrado na orla do Santa Inês, no domingo (19) foram resgatados e levados para receber abrigo e cuidados no Bioparque.

Sobre o filhote de peixe-boi, o diretor do Bioparque, Richard Madureira, informa que o animal já está sendo tratado. “Estima-se que o mamífero tenha três meses de idade e é uma fêmea. Ela está sendo cuidada e tratada pela equipe do Bioparque da Amazônia”. Para o diretor, a mãe do peixe foi capturada por caçadores e, tendo em vista que a espécie fica sob os cuidados da mãe até a fase adulta, foi descartado pelos pescadores por não ser lucrativo.
Assim como o filhote, um jacaré-açu de 4 metros foi encaminhado ao parque. “A espécie também recebe os cuidados da equipe de biólogos, veterinários e tratadores que mesmo em tempos de COVID-19 estão trabalhando com afinco. Neste primeiro momento, é importante saber se o animal não apresentará nenhuma sequela. Ele também passará pelo período de tratamento, para avaliação da possibilidade de ser reinserido na natureza”, declara o diretor garantindo que a política do parque é sempre reinserir animais em seu habitat natural.
Nos últimos dias, alguns outros animais da fauna silvestre foram encontrados em área urbana, como uma preguiça albina, rara e em extinção. Richard Madureira explica que, com o avanço da caça predatória e o desmatamento das florestas, os animais procuram alimento e abrigo em área urbana. Outra explicação para tais aparições pode ser o período lançante das marés dos rios. “O animal procura algum tipo de refúgio e tem ido para cidade, pois tem sido retirado o habitat natural da espécie”, explica.
A gestão do Bioparque quer conscientizar a população sobre a importância da preservação da natureza. Os animais vão passar pelo acompanhamento e só ficarão no parque se não tiverem condições de voltar à natureza.
Deixe seu comentário
Publicidade


