Brasil faz sua maior operação militar entre Roraima e o Amapá em meio a cerco de Trump à Venezuela
Operação Atlas começa no dia 3 com tropas das três forças deslocadas de todo País para a região norte

Serão dez mil militares das Forças Armadas. Equipamentos que jamais estiveram na Amazônia foram deslocados pelo Ministério da Defesa para a Operação Atlas em uma área que vai do Amapá até Roraima. Ali estarão o sistema de foguetes Astros, os carros de combate Leopard, os mísseis MAX 1.2 AC, porta-helicópteros, embarcações, tropas aerotransportadas, defesa cibernética, submarino, além da aviação de ataque ao solo da Força Aérea.
O efetivo é o de uma Força Expedicionária – o primeiro escalão da Força Expedicionária Brasileira enviada à Itália, em 1944, tinha cerca de 5 mil homens. Seu tamanho e a logística para seu deslocamento faz da operação a maior já feita pela Defesa. E isso às vésperas da COP 30, a conferência do clima da ONU, em Belém, e no momento em que os EUA preparam uma nova política de defesa, onde se quer submeter os narcotraficantes não mais ao direto penal, mas às leis da guerra, o que será usado para apertar o cerco a Nicolás Maduro, na Venezuela.
A decisão americana pode ter implicações legais, inclusive para os soldados. O direito internacional não contempla a eliminação física de criminosos a não ser nos casos previstos de uso legítimo da força. Uma coisa é enviar um drone para atacar uma liderança da Al-Qaeda no meio do deserto. Outra bem diferente é lançar um ataque em um outro país, podendo matar civis. Pelas leis dos países, isso seria considerado assassinato e não um ato de guerra.
Há relatos publicados pela imprensa americana que os americanos já teriam alvos dentro da Venezuela para serem atingidos, tratando o país como parte de seu quintal. O governo de Donald Trump estabeleceu a imigração ilegal e controle do tráfico de drogas como prioridades. Já no primeiro dia de governo, Trump assinou um decreto ordenando ao Comando Norte dos EUA que atuasse para “fechar as fronteiras e manter a soberania, a integridade territorial e a segurança” dos EUA. Os militares americanos deveriam repelir toda “forma invasão” e incluem nessa categoria militar a imigração ilegal e o tráfico de drogas.
(Fonte: Estadão)
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