Cidades

Cardozo diz que tese de que governo influenciou Lava Jato é ‘i

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a negar que haja interferência do governo nas investigações da Operação Lava Jato



 

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a negar que haja interferência do governo nas investigações da Operação Lava Jato. O ministro classificou como “incorreta” e “inverossímil” a possibilidade de o governo ter interferido em depoimentos que foram prestados em acordos de delação premiada firmados com o MP.

“É incorreto imaginar-se que o governo tenha influenciado, tenha colocado palavras na boca de pessoas que prestaram depoimentos na presença de membros do Ministério Público, da força-tarefa que está lá no estado do Paraná colhendo depoimentos”.

“Portanto, essa tese [de influência do governo é absolutamente inverossímil. Só pode se justificar pelo desejo oposicionista de quem é oposição ou uma leitura equivocada dos fatos que obviamente saltam à vista de todos, por quem quer que seja. Então, eu quero frisar esse ponto, que me parece muito importante, no sentido de que jamais o governo interveio, influenciou ou fez gestões para delações premiadas”, completou.

O ministro Teori Zavascki, doSTF, autorizou a abertura de inquérito, com base em pedido da Procuradoria Geral da República para investigar 49 pessoas – das quais 47 políticos – suspeitos de participação no esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava Jato. Entre os nomes que serão investigados, 32 políticos são ou foram membros do PP, 7 são do PMDB, 6 do PT, 1 do PSDB e 1 do PTB.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – que será alvo de inquérito -, publicou em sua conta no Twitter que há “politização” e “aparelhamento” da Procuradoria Geral República (PGR). “Sabemos exatamente o jogo político que aconteceu e não dá para ficar calado sem denunciar a politização e aparelhamento da PGR. Eles estão a serviço de quem? Pelo critério do indício o PGR só será reconduzido se for da vontade do executivo”, publicou Cunha.

Dilma fora da lista
Cardozo também citou o fato de a presidente Dilma Rousseff ter ficado de fora da lista de políticos que serão investigados. “Me parece clara a conclusão de Zavascki a partir das ponderações da procuradoria Geral da República. A presidente não teve pedida qualquer investigação porque não há fatos, não há indícios que pudessem envolvê-la em absolutamente nada.


Deixe seu comentário


Publicidade