Carreta do Câncer: prefeitos e gestores de Saúde discutem formatação da assinatura de protocolo de intenções
O encontro, realizado no plenário provisório da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), no Centro de Convecções João Batista Picanço, foi presidido pelo deputado Jaci Amanajás (MDB).

Durante a tarde desta segunda-feira (11), prefeitos e gestores de Saúde dos municípios do estado do Amapá discutiram a formatação da assinatura de protocolo de intenções, que será assinada pela direção do Hospital de Amor e prefeituras, que irão receber a Carreta do Câncer.
Dr. Raphael Luiz Haikel Júnior, responsável pelas unidades do Hospital de Amor na região Norte e carretas do câncer, e Elpídio Amanajás, representante da Alap em Brasília, definiram a programação de atendimento nos municípios. Elpídio lembrou da luta para a implantação da unidade de Barretos no estado do Amapá, que teve início há mais de uma década. “A chegada dessa carreta é mais uma etapa vencida e precisamos da integração dos municípios, que sofrem com a carência dos exames básicos”, destacou.
O ex-deputado federal Marcos Reátegui, que abraçou a luta para a construção da unidade avançada do Hospital de Amor no estado, que foi inaugurada em dezembro do ano passado, mas que ainda não está aberta para atendimentos, participou do evento e citou que a obra do hospital em Macapá só foi possível graças às emendas destinadas pela bancada federal do Amapá em Brasília. “O futuro mostrará que valeu a pena”, frisou.
O prefeito do município de Amapá, Carlos Sampaio (PMN), citou a importância do evento para a saúde no Amapá. “Sozinho não podemos resolver nada”, destacou, elogiando o desempenho dos parlamentares amapaenses em Brasília. Representando a Câmara Municipal de Macapá (CMM), a vereadora Patriciana Guimarães (PRB), disse estar feliz em poder fazer parte desse processo em prol da população.
Dr. Raphael Luiz Haikel Júnior expôs aos prefeitos e gestores de Saúde o projeto de atendimento feito pela carreta e a importância para a população dos municípios, onde o acolhimento praticamente não existe, e quanto ao diagnóstico precoce do câncer, principalmente nas mulheres. O veículo foi adaptado e dispõe de equipamentos com tecnologia de ponta, com capacidade para fazer cerca de 60 mamografias e 70 exames Preventivo do Câncer de Colo Uterino (PCCU), popularmente conhecido como Papanicolau, dentro da faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde.
Segundo o médico, a chegada da unidade móvel é uma importante etapa para mudar a história da doença no Amapá. “A chegada da carreta representa mais uma nota deste projeto trabalhado junto ao governo para mudar a história do câncer no Amapá”, ressaltou Haikel. A estimativa é que a unidade móvel do Instituto de Prevenção Hospital de Amor faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre exames para o rastreamento do câncer de mama em mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, e o de colo de útero em mulheres entre 25 a 64 anos, considerados o de maior incidência no Amapá.
De acordo com Haikel Júnior, um câncer de mama, quando descoberto na fase inicial, tem um tempo médio de tratamento de seis meses (até que a mulher retome atividades habituais), com chance de cura de 98% e custo hospitalar de R$ 10.500,00. Já quando a doença é descoberta em estágio avançado, as chances de cura caem para 40% e a paciente só consegue voltar às atividades normais em dois anos e meio, com um custo no tratamento de R$ 144.200,00.
Mama e colo de útero representam até 70% dos casos nas unidades de prevenção. No hospital, em Barretos, o índice é de 30%. Todo o projeto, incluindo as unidades fixa e móvel, está orçado em R$ 21,4 milhões. A verba foi articulada pelo Governo do Estado, diretamente com a bancada federal amapaense. Os onze parlamentares destinaram recursos por meio de emendas individuais.
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