Cidades

Clientes defendem o proprietário da clínica acusada de maus tratos a animais

Vereador, que é proprietário de uma ONG de proteção a animais, também ressalta as qualidades profissionais do médico veterinário e defende apuração isenta do caso.


O vereador Victor Hugo, presidente da ONG Associação de Proteção a Animais e que acompanhou toda a movimentação em uma clínica localizada na Avenida Diógenes Silva, bairro do Trem, destacou na manhã desta sexta-feira (19) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) as qualidades profissionais do médico veterinário Fernando Mendonça Nazaré, de 39 anos. De acordo com as primeiras informações, donos de animais estariam há pelo menos dois dias tentando, sem sucesso, contato com o veterinário, que foi acusado de maus tratos a animais.

De acordo com o vereador, muitas inverdades estão sendo propaladas com o objetivo “espúrio de avacalhar o profissional”. Vários ouvintes do programa interagiram, a maioria constituída de clientes e se mostraram surpresos com os fatos comentados e a grande repercussão, destacando que o veterinário é um profissional competente, dedicado, já salvou muitos animais que estavam em riscos de morte e atende a todos que o procuram de forma atenciosa.

“O doutor Fernando passou a noite toda operando animais, ficou até seis horas da manhã trabalhando e, cansado, foi dormir para depois fazer a limpeza no centro cirúrgico. Colocaram nas mídias sociais fotos que absolutamente nada tinham a ver com a situação da clínica, inclusive um animal que supostamente estaria morto dentro da clínica e foi depois retirada de veículos da imprensa séria, como o Diário do Amapá. E isso foi esclarecido pela própria proprietária do animal. Outro cão, também mostrado como morto, na realidade foi deixado ali por seu proprietário, um agente penitenciário, e que se encontrava com suspeita de envenenamento. Foi uma coisa muito absurda!”, reclamou.

Para o vereador houve excessos e prejulgamentos: “Os excessos começaram bem antes de toda a celeuma que foi criada. A clínica estava fechada porque o doutor Fernando trabalha sozinho e, como eu já disse, ele trabalhou a noite toda. Algumas pessoas o acusaram de estar sob o efeito de alucinógenos, o que não é verdade, porque ele estava atordoado, sim, por causa da forma que foi acordado, com a clínica, onde ele mora, sendo arrombada os espancamentos que sofreu, com chutes e pontapés, sem sequer o ouvirem. Tudo porque uma pessoa que deixou um cão na clínica a encontrou fechada. Aquele cenário mostra de desorganização, rações e outras coisas jogadas no chão foi resultado justamente dos atos de violência praticados, contra o médico veterinário, que é reconhecido como um profissional qualificado e competente”.

Outro cliente, que se identificou como Euclides Palheta, também saiu em defesa do médico veterinário: “Ontem quando soubemos do que aconteceu imediatamente fomos à clinica e constatamos que invadiram, arrombaram e agrediram de forma covarde o doutor Fernando. Foi uma injustiça muito grande, porque o certo seria primeiro ouvi-lo. Nós o conhecemos, ele é muito querido por todos os que o conhecem, inclusive os clientes, tanto que nós fomos ao Ciosp, onde já estavam mais de 20 pessoas em sua defesa e absolutamente nenhum acusador, nem mesmo a pessoa que o denunciou. Ele já tratou de duas cadelas minhas. Ele realmente trabalhou a noite toda fazendo cirurgia; disseram que ele estava surtado; ora, pra quem trabalhou a noite toda e foi acordado daquele jeito… Qualquer um ficaria atordoado; o centro cirúrgico estava sujo simplesmente porque não deu tempo de fazer limpeza após as cirurgias que ele fez durante toda a noite. Ele é um profissional competente e dedicado, e com certeza não cometeu nenhum crime, tanto que o delegado o liberou por não existir qualquer prova da denúncia feita contra ele, que na realidade foi vítima”.

Morador do entorno da clínica, um o advogado também criticou o tratamento dado ao médico veterinário: “Foi uma medida desnecessária, as informações são superficiais, a prisão do médico foi descabida. Eu fui cliente dele, muito pelo contrario do que foi e está sendo propalado, ele atende a todos de forma muito carinhosa, trabalha sozinho praticamente 24 horas por dia; foram muitos os absurdos, inclusive a condução dele algemado ao Ciosp, por a legislação determina que a algema só pode ser usada se a pessoa oferecer risco, e em nenhum momento houve risco. Eu não sou advogado dele, estou falando como cidadão e repito, foi uma medida desnecessária em todos os aspectos”.


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