Cidades

Cobrança de taxa em porto causa divergência entre ribeirinhos e empresária

O porto em questão é do Canal do Jandiá. A empresária do setor de combustíveis alega que a cobrança é para manter o espaço organizado.


Railana Pantoja
Da Redação

 

Ribeirinhos que utilizam o porto do Canal do Jandiá estão reclamando da taxa que passou a ser cobrada para utilizarem o espaço no principal ponto de desembarque.

“A gente trabalha nesse porto há 20 anos e nunca teve esse problema, agora a gente chega e já querem que a gente pague. Não existe isso, é uma área que a Marinha precisa fiscalizar”, reclamou o atravessador identificado como ‘seu Maneca’.

A cobrança é feita por Gracidete Espíndola, proprietária de um posto de combustível da região e que tem a posse de mais um trecho que fica na beira do rio. Segundo ela, a taxa é para ajudar a manter a estrutura que foi investida para melhorar o acesso ao porto.

“O que nós queremos é melhorar o porto. O lixo está tomando conta, as pessoas utilizam o espaço e deixam lixo. Então, a gente quer ordenar a estadia deles [ribeirinhos] aqui. A gente ofertou pra eles banheiro, melhorias em rampas; tudo em conversa com os barqueiros, e isso foi aceito, estamos inclusive fazendo o cadastro deles. Ainda vamos fazer a instalação de um circuito de câmeras e contratar vigilantes. Temos certeza que essa denúncia não veio dos barqueiros, pois eles aceitaram a nossa intervenção”, defendeu a empresária.

A área em questão é ocupada por diversas estâncias madeireiras e até residências, portanto, alguns trechos são particulares.

“Queremos que seja um porto que sirva de modelo, entendemos que os ribeirinhos precisam vender seus produtos e jamais vamos impedir. Queremos apenas melhorar e ampliar as condições mínimas de exposição dos produtos”, finalizou Gracidete.


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