Cidades

Com mais de 150 mil atendimentos, Capuchinhos avaliam procedimentos do Mais Visão

Médicos do programa analisam pacientes que apresentaram intercorrência cirúrgicas


 

Um dos mais reconhecidos programas de assistência em saúde do Amapá, o Mais Visão, coordenado pelo Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate – Capuchinhos, ultrapassou a marca de 150 mil atendimentos.

 

Iniciado em 2020,  ainda durante a pandemia da Covid-19,  o programa em três anos de atividades, amparando principalmente as pessoas de baixa renda  e vulnerabilidade social, em especial os idosos, já realizou mais de 75 mil cirurgias de cataratas.

“Nosso trabalho começou em 1993. Com tímidas instalações, com o passar dos anos esse trabalho foi aumentando, com assistência ao próximo, gratuito, principalmente em saúde. Hoje temos laboratório que faz o todos os exames, fisioterapia, assistência social, jurídica, clínico geral, otorrino, e os programas Mais Visão de oftalmologia e o Vascular, para pacientes de varizes e problemas de circulação, com médicos voluntários e especialistas. Um trabalho feito com fé e amor, para levar qualidade de vida, principalmente aos mais necessitados”, destacou o frei Carlos Pestana, diretor do Centro Capuchinhos.

 

Na trajetória de atendimentos do programa Mais Visão, poucos casos foram registrados de intercorrências cirúrgicas, mas no início do mês de setembro, foi identificada uma resistência microbiana gerando alterações infecciosas em alguns pacientes atendidos na unidade, que levou aos Capuchinhos a avaliar, analisar e investigar os procedimentos, com a equipe médica do centro.

“No dia 4 de setembro foram operados 140 pacientes de catarata e seguimos a rotina nos dias 6, 7 e 8, contabilizando mais de 500 procedimentos e ninguém apresentou problemas. No pós-operatório imediato, que fazemos em todos os pacientes operados, 24 horas depois, ninguém apresentava nada. A partir do terceiro dia começaram surgir casos de pacientes com intercorrência cirúrgica. De imediato começamos a dar assistência a todos. Paciente, família, começando com tratamentos via antibióticos. Nossa total prioridade é o paciente e os seus familiares”, explicou o médico e coordenador, doutor Afonso Neves.

O coordenador médico do Mais Visão destacou que laboratórios do Amapá e de São Paulo estão atuando na investigação da possível causa das inflamações dos olhos dos pacientes, e que não é descarta enviar material para fora do país.

 

“Estamos atuando na análise através da coleta de material para evidenciarmos a patologia que provavelmente é uma bactéria. Contamos com corpo médico de seis especialistas em oftalmologia que vieram nos dar assistência e estamos fazendo tudo que determina os protocolos, principalmente norte-americano e europeu de tratamento. Queremos tranquilizar a população e dizes que não estamos medindo esforços para descobrir a causa e garantir que os procedimentos do Mais Visão, são realizados com todos os cuidados, como sempre foram”, enfatizou o médico Afonso Neves.

 

 


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