Cidades

Com registro de 2,3 mil casos de malária, Calçoene ganha reforço no combate à doença

Força-tarefa será reforçada no município de Calçoene para atuar em 19 localidades da região


 

O Governo do Amapá está intensificando as ações de controle e combate da malária nas regiões que apresentaram aumento no número de casos da doença nos últimos meses. A iniciativa faz parte da estratégia definida pelo Estado, desde o dia 13 de novembro, quando foi decretada a situação de emergência. Oiapoque, Macapá, Porto Grande, Santana, Mazagão, Calçoene e Pedra Branca são os municípios que enfrentam alta nos registros.

 

Em Calçoene, a força-tarefa será reforçada nesta quarta-feira, 29, com a entrega de mil mosquiteiros impregnados com inseticida, além de combustível e água potável para as equipes de campo. A prefeitura também vai receber o apoio de três técnicos do Ministério da Saúde para auxiliar nas atividades de enfrentamento à malária, principalmente na área de garimpo.

 

A ação, coordenada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), e reúne vários órgãos do Amapá, prevê ainda orientação sobre prevenção e atividades educativas, testagem da população para identificar onde há focos de transmissão e tratamento imediato com medicamentos para os casos positivos.

 

“A busca ativa de pacientes sintomáticos e assintomáticos será nossa principal estratégia, uma vez diagnosticada a doença, mais rápido o tratamento e o bloqueio da transmissão para outras pessoas”, ressaltou a superintendente da SVS, Claudia Monteiro.

 

 

Para a realização do trabalho de campo, a SVS conta com o apoio de agentes de endemias dos municípios de Ferreira Gomes e Tartarugalzinho.

 

Segundo dados da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), do dia 1° de janeiro ao dia 28 de novembro de 2022 o Amapá registrou 2.261 casos de malária, desse total, 621 foram em Calçoene; em Porto Grande, 419; Oiapoque registrou 374 pessoas com a doença. Em Pedra Branca houve registro de 370 casos; Macapá, 159; Mazagão, 120 registros; e Santana apenas 17.

 

Já este ano, no mesmo período, os números saltaram para 4.233 casos em todo o Amapá. Calçoene registra 2.304 casos de malária; Oiapoque, 772; Pedra Branca, 459; Macapá, 276; Santana, 106; e Mazagão 56 casos confirmados.

 

O relatório de monitoramento epidemiológico contínuo da SVS aponta ainda que as áreas de garimpo são as que mais registram casos da doença e são consideradas propícias para o aumento da transmissão.

 

A gerente do Núcleo de Vigilância Ambiental da SVS, Rackel Barroso, acrescenta que as crateras no formato de caverna se enchem de água, que fica ainda mais estagnada depois que as minas são abandonadas. É assim que as doenças transmitidas por mosquitos, como a malária, começam a se propagar com mais facilidade.

 

“Todo o estado foi mapeado e vem sendo monitorado pela SVS. Vamos trabalhar em parceria com os municípios no enfrentamento a malária, Calçoene e Oiapoque devido às áreas de garimpo, vamos intensificar ainda mais as ações”, reforçou.

 


Deixe seu comentário


Publicidade