Cidades

Comandante do Bope diz que em quase 20 anos, ocorrências com reféns jamais tiveram registros de morte

Comandante do Batalhão de Operações Especiais disse em entrevista à Rádio Diário (90,9FM), que nos quase vinte anos do batalhão jamais houve registro de mortos, sejam criminosos ou vítimas.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), major PM Kleber Silva, falou à rádio Diário (90,9FM), Na terça-feira (30), sobre mais uma ocorrência de gerenciamento de crise que terminou como manda o manual – sem vítimas. O caso em questão foi no bairro do Muca, zona sul de Macapá.

 

Falando ao programa Café com Notícia, ele explicou que ocorrências com reféns são consideradas de alta complexidade e teve início a partir de uma tentativa frustrada de assalto.

 

“Dois criminosos tentaram realizar um roubo, no entanto havia um policial penal nas proximidades e ele interveio, frustrando a ação criminosa”, relata o militar.

 

Após essa intervenção, conta o comandante do Bope, um dos marginais que estava de moto decidiu fugir do local e o outro invadiu uma residência fazendo uma senhora de 58 anos como refém.

 

A partir de então, uma equipe de policiamento ostensivo do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) – responsável pela área sul da capital – solicitou apoio especializado, conforme preconiza o protovolo. “O Bope então chegou ao local e nós conseguimos montar o chamado teatro de operações, determinando papéis para diversos atores e assim realizarmos a negociação”, recorda.

 

A negociação durou mais de duas horas, felizmente, com um desfecho altamente favorável, já que o bandido acabou se rendendo e as vítimas permanecendo sem ferimentos – a não ser o trauma.

 

O criminoso, de 26 anos, é um velho conhecido da polícia, segundo o comandante do Bope, envolvido em ocorrências de roubos, assalto a transporte de valores, saidinhas de banco e sempre com muita violência. O homem tinha 11 processos criminais, sendo que cinco deles em andamento.

 

“E isso ficou demonstrado ao longo da negociação, pois ele apesar do estresse da situação, demonstrava sempre muita tranquilidade, o que nos preocupa, pois demonstra que já é um criminoso habitual, fazendo algumas exigências que avaliamos e atendemos algumas, até o desfecho com sua rendição”, completou.

 

Em 18 anos desde a criação do Batalhão de Operações Especiais, segundo o major Kleber, jamais uma ocorrência com refém terminou com vítimas fatais.


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