Cidades

Conferência Estadual de Direitos Humanos marca protagonismo popular no estado

Momento elegeu 24 delegados e marca um momento histórico de representatividade, diversidade e construção coletiva, com vozes que ecoam de todos os municípios do estado


 

O encerramento da Conferência Estadual de Direitos Humanos do Amapá deixou no ar mais do que discursos e deliberações, mas o sentimento de que o Estado está escrevendo uma nova página na construção de uma sociedade mais justa e plural.

 

Foram diálogos intensos, onde comunidades, juventudes, movimentos sociais e representantes do poder público dividiram o mesmo espaço, a mesma mesa e o mesmo objetivo: fazer do Amapá um território de direitos para todos.

 

Ao final, 24 delegados foram eleitos, sendo 17 da sociedade civil e 7 do poder público, com a missão de representar o estado na etapa nacional e apresentar 18 propostas aprovadas coletivamente. A composição respeita critérios de paridade de gênero, com pelo menos metade de mulheres, e a obrigatoriedade de representatividade negra.

 

Mais do que números, o Amapá se destacou nacionalmente por um feito histórico: É o único estado do Brasil com representantes de todos os seus 16 municípios. Essa presença diversa e descentralizada transformou a conferência em um retrato vivo do povo amapaense.

 

Para João Bruno, integrante da UNA LGBT, o encontro foi mais do que um evento institucional, foi um símbolo de pertencimento.

 

 

“Este evento é um marco para a nossa comunidade. É um espaço onde conseguimos expressar nossos anseios e nossas lutas de forma específica e coerente. Aqui, temos a chance de apresentar as demandas do povo e do movimento social, com o objetivo de levá-las até Brasília, representando a visão amazônica do Amapá. É uma conquista coletiva e um gesto de esperança”, ressaltou Bruno.

 

O relato de João traduz o espírito que tomou conta dos corredores e plenárias: A sensação de que o Amapá, muitas vezes esquecido no mapa nacional, agora fala com voz firme e múltipla, levando para o país a perspectiva amazônica sobre os direitos humanos.

 

Aos 73 anos, Raimunda Deusa Cardoso trouxe à conferência uma voz carregada de experiência e sensibilidade. Ela participou das discussões com a serenidade de quem acredita que o futuro precisa ser construído com diálogo e empatia.

 

 

“É de extrema importância debater os direitos humanos. Precisamos lutar politicamente por uma melhor convivência para idosos, crianças, adolescentes e também pelo meio ambiente”, disse Raimunda.

 

As vozes que ecoaram nas plenárias agora ganham um novo destino: Brasília, onde as propostas e os sonhos amapaenses se juntarão aos de todo o país. E, entre elas, permanece a convicção de que transformar o Amapá é possível, porque quando o povo fala, o Estado inteiro escuta.

 

 


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