COP, necessidade para manter um futuro mais sustentável
Como estado mais preservado do Brasil, Amapá espera ter participação ativa na Conferência do Clima, em Belém

Evandro Luiz
Da Redação
Nunca o meio ambiente chamou tanto a atenção, como agora. A degradação das florestas, a extinção de animais e o aquecimento global têm tomado conta das grandes discussões entre os líderes de todo o mundo.
O atual modelo econômico, baseado em elevados níveis de consumo, tem causado inúmeros prejuízos à flora e à fauna do planeta.
De acordo com especialistas, o consumo não sustentável ocasiona desequilíbrios ambientais irreversíveis. Para estancar ou minorar esses problemas, iniciou-se uma grande mobilização, envolvendo organizações não- governamentais, a sociedade civil e governos. Com o fortalecimento das discussões, foram criadas assembleias com apoio da ONU.
A origem desse movimento está na Rio-92, quando foi assinada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O documento é um tratado internacional que marcou o compromisso de diversos países de estabilizar as emissões de gases de efeito estufa, e é a base institucional que deu origem às conferências do clima. A Convenção-Quadro entrou em vigor em 1994 e, no ano seguinte, aconteceu a primeira COP, em Berlim, na Alemanha. Desde então, a conferência é realizada todos os anos. Muitas edições foram criticadas por apresentar metas pouco ambiciosas e por não avançarem nos compromissos globais. No entanto, é inegável a importância da COP para enfrentar a crise climática.
Pela primeira vez, a Amazônia brasileira será palco de um evento desta magnitude. Como gesto simbólico e estratégico, a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) será realizada na cidade de Belém, no Pará, uma das maiores da Amazônia. O evento acontecerá de 10 e 21 de novembro.
A escolha de Belém, na avaliação do governo federal, reforça a importância da região amazônica na luta contra as mudanças climáticas e confere protagonismo ao Brasil nas negociações globais. A COP30 reunirá líderes de quase duzentos países, além de cientistas, representantes da sociedade civil, empresários e organizações ambientais. O objetivo é discutir medidas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger biomas estratégicos e garantir um futuro mais sustentável para o planeta Terra.
O Amapá, por ser o estado mais preservado do Brasil, com 87% de suas florestas intactas, e por abrigar em seu território o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque — com área de 38.464 km², sendo o maior parque nacional do Brasil e a maior unidade de conservação de florestas tropicais do mundo — espera ter participação ativa na conferência e atrair novos investidores para manter e preservar esses ambientes
Deixe seu comentário
Publicidade
