Cidades

Corrupção só era ‘generalizada’ em áreas de Costa e Duque, diz

Um dos delatores da Operação Lava Jato, o ex-dirigente da Toyo Setal Augusto Mendonça Neto afirmou à CPI da Petrobras que a corrupção na estatal só era “generalizada” em contratos firmados pelas diretorias de Refino e Abastecimento e de Serviços, comandadas, à época, por Paulo Roberto Costa e Renato Duque, respectivamente. Mendonça destacou à comissão que não tem conhecimento de irregularidades em outras áreas da petroleira.



 

Em depoimento anterior à CPI, outro delator do esquema de corrupção que atuava na Petrobras, o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco, afirmou que a corrupção era “institucionalizada” na empresa.
“Quando o Barusco fala que era generalizado, ele tem razão num sentido. De fato, na Diretoria de Serviços era generalizado porque eles queriam aplicar em todos os contratos dentro da diretoria. Agora, que isso aconteceu na companhia como um todo, isso não acontecia”, afirmou Mendonça Neto.

O ex-dirigente da Toyo Setal ressaltou que só soube da existência de corrupção na estatal durante as gestões de Paulo Roberto Costa à frente da Diretoria de Abastecimento e de Renato Duque, no comando da Diretoria de Serviços.

Ele contou ainda que começou a participar do esquema quando foi procurado, entre 2007 e 2008, pelo ex-deputado José Janene (PP), que morreu em 2010. Segundo Mendonça, o ex-líder da bancada do PP na Câmara cobrou dele propina em cima de um contrato firmado com a Diretoria de Abastecimento da estatal, na época comandada por Paulo Roberto Costa.

Janene afirmou, que o consórcio integrado pela Setal seria “duramente penalizado” se não pagasse os valores reivindicados. “Estamos assistindo hoje a Petrobras sendo massacrada pela mídia, pela opinião pública, com a imagem sendo arranhada. Está aparecendo como uma companhia de segunda categoria, repleta de gente corrupta. Mas é o inverso. Tive uma participação longa e meu único contato com corrupção foi com essas três pessoas [Duque, Costa e Pedro Barusco].


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