Cidades

Covid: Amapá registra cinco óbitos em um dia e volta a ter alta de internações

Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS/AP) revela preocupação com o desenvolvimento da curva de crescimento no mês de novembro.


Fotos: Joelson Palheta/DA

Railana Pantoja
Da Redação

 

Na última terça-feira (24) o Amapá voltou a registrar um número preocupante de óbitos: cinco, em um dia. O boletim da quarta-feira (25) trouxe dois registros e o da quinta-feira (26) acrescentou mais três óbitos, totalizando cinco mortes que ocorreram somente no dia 24 de novembro. Foram quatro óbitos em Macapá e um em Laranjal do Jari.

A capital também vem registrando alta de atendimentos nas UBSs Covid. Na quarta-feira (25), a Prefeitura atendeu 954 pacientes e dispensou 863 kits de medicação nas três Unidades vocacionadas: Álvaro Corrêa, Lélio Silva e Santa Inês.
Além do número de óbitos por dia ter aumentado no estado, as internações também causam preocupação à Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS/AP). Nesta quinta-feira (26) eram 154 pessoas internadas, sendo 129 no sistema público e 25 na rede particular de saúde.

“De fato, é preocupante. Nós estamos acompanhando essa evolução, e, pra você ter ideia, tem outro dado preocupante também nesse boletim, é sobre o número de internações. Essa crescente das internações é extremamente preocupante, visto que se tem internação clínica, pode haver evolução pra UTI e infelizmente alguns casos agravam para óbito”, alertou Dorinaldo Malafaia, superintendente da SVS/AP.


De acordo com Dorinaldo, a orientação é sempre manter medidas preventivas para evitar a contaminação. Mas, caso ocorra, o tratamento deve ser iniciado precocemente, assim é possível evitar o agravamento da doença e possíveis internações.
“Esse nível de evolução da Covid está, infelizmente, circulando no Brasil e como segunda onda em outros. A característica desse vírus e da pandemia é a oscilação, para baixo ou para crescimento de casos, que é o nosso caso hoje”, complementou.

 

Reflexo
Passados os mais de 20 dias de apagão, o superintendente diz que as aglomerações em atividades eleitorais, supermercados, postos de combustível, caixas eletrônicos e pontos de água, nos primeiros dias sem energia, podem ter reflexo agora.

“Nós estamos cruzados com uma série de outros problemas, como o apagão e os processos eleitorais. Tudo isso junto é conteúdo que possibilita a aglomeração e, infelizmente, a oscilação para cima, começando a ocorrer agora. Durante os dias de apagão as pessoas claramente tiveram mais contatos enquanto buscavam água, alimento, tudo que era necessário, e também se aglomeraram em manifestações. Nós estamos preocupados e estudando isso, como a curva de crescimento vai se comportar, mas é possível que seja reflexo disso tudo, sim”, analisou o superintendente.

 

Taxa de positividade
Segundo o último boletim epidemiológico, Dorinaldo informou que a taxa de positividade das amostras laboratoriais cresceu também, tanto para o tipo RT-PCR quanto para o teste rápido. “Esse é outro indicador que coloca em alerta. O último dado traz uma taxa de positividade de mais de 50%. Isso significa que a cada 100 amostras, cerca de 50 dão resultado positivo. Isso reflete também a alta procura das pessoas por atendimento e testagem”, finalizou Dorinaldo Malafaia.


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