Crise faz taxistas esquecerem taxímetro e corridas passam a ser negociadas
Apesar da lei que institui a ‘Bandeira 2’ nesta época do ano, profissionais preferem cobrar preços abaixo da tarifa.

Os taxistas de Macapá deixaram o taxímetro de lado e passaram a cobrar corridas abaixo da tabela, mesmo com a lei da ‘Bandeira 2’ em vigor. Conforme explicaram alguns profissionais na manhã desta segunda-feira (18) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), a crise econômica e financeira impede que as tarifas sejam cobradas de forma inflexível, principalmente com o funcionamento do sistema de transporte por aplicativos, como o Uber.
O taxista Manoel Carlos contou que nesses tempos de crise não se pode rejeitar uma corrida que, mesmo sendo cobrada abaixo da tabela, garante o sustento da família: “A coisa não está fácil, principalmente com a concorrência do Uber, por isso é preferível negociar a corrida com o passageiro, porque mesmo recebendo menos, entra alguma coisa para repor o combustível e garantir o sustento da família. Não se pode trocar o certo pelo duvidoso, não é mesmo?”.
Outro taxista, que se identificou como Mário, explicou, como exemplo, que uma corrida do ponto de táxi do Hospital de Emergências (HE) para o Porto de Santana custa cerca de R$ 70, mas o preço pode ser negociado em até R$ 50: “Não realidade, nesse caso, não se perde R$ 20, se deixar de ganhar, mas o valor ajustado paga o combustível e ainda sobre um pouco para a alimentação”.
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