Cidades

Cunha diz que governo terá que ‘cortar tudo’ para equilibrar Orçamento

Ministros entregaram Orçamento com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o governo federal terá de “simplesmente cortar tudo” para equilibrar o Orçamento de 2016 e tentar recuperar a confiança dos investidores para não perder o grau de investimento. Nesta segunda, pela primeira vez na história, o Executivo federal apresentou ao Congresso Nacional uma proposta orçamentária com previsão de déficit.

A peça orçamentária foi entregue com previsão de gastos maiores que as receitas de R$ 30,5 bilhões, que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, o governo admite formalmente que a meta fiscal, de 0,7% do PIB, fixada em julho deste ano, não será atingida.

“[O governo terá de] cortar gastos onde for possível cortar. Reduzir ministérios, cortar cargos de confiança o máximo que se puder e, simplesmente, vai ter que cortar tudo. Vai ter que cortar despesas, vai ter que cortar tamanho de governo, vai ter que cortar investimentos, vai ter que cortar tudo. É inevitável, o governo vai ter que diminuir o tamanho do seu gasto de acordo com o tamanho da sua receita”, avaliou Cunha em uma entrevista coletiva em Nova York, onde ele discursou na Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos.

O Orçamento de 2016 foi entregue ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, pelos ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). O governo optou por admitir que as contas públicas terão déficit fiscal no ano que vem porque, diante da repercussão negativa da proposta, teve de desistir da ideia de retomar a cobrança da CPMF.


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