Cidades

Da floresta para a vitrine: artesã de Tartarugalzinho leva tradição e criatividade à 54ª Expofeira do Amapá

Artesã Lucinete da Silva, apresenta legado familiar em forma de arte no Parque


 

A economia criativa da 54ª Expofeira do Amapá está inspiradora. Uma das empreendedoras é a artesã Lucinete da Silva, do município de Tartarugalzinho. Apaixonada pelo que faz desde os 8 anos, quando aprendeu crochê e cestaria com a mãe, ela transforma fibras, sementes e escamas de peixe em verdadeiras obras de arte que unem tradição e inovação.

 

No estande Nete Artes Fibras, Lucinete apresenta peças que vão de colares produzidos com escamas de peixes como o pirarucu e a corvina, sementes de tucumã e ariri, até folhas esqueletizadas de diversas tipos de plantas, utilizadas para fazer roupas e adereços. A artesã também comercializa anéis e tapetes, todos confeccionados com matéria-prima da natureza, coletada e beneficiada por ela mesma.

 

 

“O artesanato é um caminho para afastar os jovens das ruas, e também fortalece o vínculo com a nossa cultura, conecta com a natureza, com nossas tradições, trabalho desde os 8 anos com minha mãe e nunca mais parei”, conta Lucinete.

 

Os preços variam entre R$ 20 e R$ 200, democratizando o acesso a um trabalho que carrega história, identidade cultural e sustentabilidade. Mais do que gerar renda, Lucinete destaca que o artesanato é uma terapia. Com cada peça, a artesã reafirma que seu artesanato não é apenas produto, mas também legado, espiritualidade e resistência cultural.

 

 

Lucinete conta que segue um ritual antes de coletar a matéria-prima. Entrega a Deus sua casa e sua coisas e pede proteção e inspiração antes de adentrar na floresta e segundo ela, encontra sempre o que procura, para então levar para casa e fazer beneficiar o que coletou.

 

A artesã prova que talento, amor pela tradição e conexão com a natureza podem gerar beleza, renda e orgulho para o Amapá, peças criativas e estão sendo comercializadas na 54ª Expofeira.

 


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