Cidades

Dia Internacional da Parteira celebra trabalho que salva vidas

Roda de conversa no Museu Sacaca reuniu experiências sobre parto humanizado.


No dia 5 de maio é comemorado o Dia Internacional da Parteira, profissional que contribui para o “milagre da vida” e do bem-estar de mulheres e crianças no mundo inteiro. Para celebrar a data, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) promoveu, no Museu Sacaca, uma roda de conversa com a participação de parteiras indígenas, quilombolas, ribeirinhas e técnicas da saúde, especializadas na área de parto humanizado.

Tendo realizado 202 partos em pouco mais de 20 anos de trabalho, a parteira Maria Raimunda Queiroz, 67 anos, falou com orgulho sobre o trabalho, que segundo ela, salva vida. “Temos grande responsabilidade com a vida das crianças e de suas mães, esse conhecimento foi um dom que recebemos de Deus para cuidar dessas pessoas”, falou emocionada.

Outra que tem orgulho do trabalho é a parteira Rosalina Cordeiro, 85 anos, que já realizou 20 partos na região ribeirinha do município de Porto Grande. “Eu não tenho estudo, mas fui presenteada com esse conhecimento, me permitindo ajudar todas essas mulheres a conceberem seus filhos com saúde”, descreveu Rosalina.

As parteiras tradicionais são referências e figuras de liderança nas comunidades em que vivem. São prestadoras de diversas ações sociais e culturais em suas localidades. Em geral, passam por elas trabalhos de parto humanizado. As parteiras também atuam como agentes de saúde e chegam, até mesmo, a serem mediadoras de conflitos. “Essas mulheres fazem parte da nossa história e não poderíamos deixar de homenageá-las”, frisou a coordenadora do Núcleo Pedagógico do Museu Sacaca, Deuzete Moreira.

Parto humanizado
Durante a roda de conversa, o primeiro assunto discutido foi a realização do parto humanizado, aquele em que as decisões da mulher são levadas muito mais em conta do que em um parto convencional. Isso significa deixar a natureza fazer o seu trabalho, realizar um mínimo de intervenções médicas e apenas as autorizadas pela gestante – sempre levando em consideração a segurança e saúde dela e do bebê. Para isso acontecer, é preciso que ambos estejam bem e saudáveis, sem nada que exija cuidados extras.


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