Cidades

Diagro inspeciona animais que irão participar da Festa de São Tiago

Aproximadamente 40 cavalos devem ser utilizados durante a encenação da batalha entre mouros e cristãos, que acontece no Dia de São Tiago.


Desde o começo do ano, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) vem conversando com criadores de cavalos e com a organização da Festa de São Tiago sobre a participação de animais na encenação, que acontece no próximo dia 25. A data é o ponto alto da festividade religiosa, quando os cavalos são utilizados na encenação da batalha entre mouros e cristãos. É quando também se comemora o Dia de São Tiago, estabelecido por lei como feriado estadual para que a população amapaense conheça e participe da tradição secular.

 

De acordo com o diretor-presidente da Diagro, José Renato Ribeiro, serão aproximadamente 40 cavalos que devem chegar ao município de Mazagão, a partir de sexta-feira, 20. Todos eles foram inspecionados e estão autorizados a participar do evento. “Iniciamos as tratativas no começo do ano para evitar qualquer tipo de problema que pudesse impedir a participação destes animais na festividade”, informou.

 

Segundo o diretor, os cavalos precisam estar com a documentação em dia, como atestado sanitário, exames de anemia infecciosa negativa e de mormo negativo, para poderem transitar, livremente, no estado e participar da programação. O objetivo é evitar que animais com essas doenças, que são virais e não tem cura, transitem pelo estado e transmitam a doença aos que estiverem sadios. “A única maneira de saber se o animal está ou não infectado é através dos exames”, frisou Ribeiro.

O mormo, por exemplo, é uma doença grave e que pode ser transmitida para humanos. Ainda não há registro dela no Amapá. A transmissão, segundo José Renato Ribeiro, pode ocorrer de diversas maneiras como através do arreio; de uma espora que alguém tiver usado; ou de uma cela; uma embocadura; ou até mesmo, por ferradas de insetos do tipo mutucas.

 

Além da inspeção documental, a Diagro vai vistoriar a área onde esses animais vão permanecer antes de participarem da encenação. Segundo o diretor do órgão, a ação é para proporcionar o conforto e a estadia dos animais em local que garanta a segurança física e clínica dos cavalos.

 

Ribeiro ressaltou que as inspeções, além de ser uma determinação do Ministério da Agricultura, visam garantir que os proprietários não tenham prejuízos em caso de contaminação de animais sadios. “Sabemos que são feitos altos investimentos em animais destes portes, mas também é importante que eles possam seguir todas as orientações necessárias para o trânsito destes cavalos pelo estado”, orientou.


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