Dirce Bordalo chama Maurício Pereira de antiético
Advogada deu declarações em direito de resposta ao colega que em vez anterior a atacou e condenou mortes praticadas por militares em intervenções policiais

Douglas Lima
Editor
A advogada Dirce Bordalo revelou na manhã deste sábado, 24, no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9), que no momento seis facções criminosas atuam no Amapá e que a menor delas, em quantidade de integrantes, possui 1.300 indivíduos. Ela citou os nomes das organizações formadas para cometimento de crimes, esquecendo de uma delas: PCC, Comando Vermelho, APS, UCA e Família Terror.
Dirce fez a revelação quando falava em direito de resposta ao advogado Maurício Pereira, que no mesmo programa de rádio, sábado passado, criticou a alta letalidade nas operações da Polícia Militar do Amapá. A causídica é contratada para defender os esquadrões de choque da corporação militar estadual.
No direito de resposta, Dirce Bordalo também rebateu declaração de Maurício a respeito da maneira de como ela recebe os seus honorários dos batalhões da PM: pegando cem reais de cada policial. Sobre isso, a advogada disse que doutor Maurício cometeu uma imensa falta de ética ao ficar calculando quanto ganha o outro colega. “O advogado está decadente”, assestou Dirce.
Charles Bordalo, marido da doutora Dirce, também advogado, presente no estúdio da Diário FM e participando do programa Togas e Becas, disse que o Código de Ética combate o tipo de conduta profissional manifestado por Maurício Pereira, acerca de honorários, e chamou a atenção do presidente da OAB-AP, Auriney Brito, para que tome providências sobre o comportamento do causídico em questão.
Maurício Pereira, ao falar contra as mortes praticadas por policiais militares, apresentou-se como membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB. Dirce, na manhã deste sábado, ignorou o posto do desafeto e registrou que ele não pertence a nenhuma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá.
“Ele ataca a honra dos militares, e faz isso por conta própria”, disse Dirce Bordalo, deixando que o marido completasse: “O Maurício está buscando holofote para se promover. Acredito até que a bandidagem o está abandonando. Não defendemos o crime, defendemos os interesses daqueles que nos contratam”.
A advogada Dirce argumentou que não mais existe no Amapá marginal autônomo, que hoje eles atacam em bando; são faccionados. “Quando a Polícia Militar é acionada, ela vai para o local com o entendimento de que enfrentará gente disposta a matar ou morrer. Só não morrem muitos policiais, porque eles são preparados para enfrentar situações difíceis”.
Dirce abordou a questão do vigilante da OAB morto por policiais militares durante operação contra bandidos que tentavam roubar armamento da agência do Santander, vizinho do prédio da Ordem dos Advogados. Sobre isso, Maurício, anteriormente, disse que os PMs mataram um inocente.
Charles Bordalo, por sua vez, afirmou que o vigilante só morreu porque quando a equipe policial chegou ele estava na linha de frente dos bandidos, empunhando revólver. Então tiros foram dados primeiramente pelos marginais, e a Polícia Militar revidou.
“No tiroteio o vigilante foi atingido, mas não sabemos se ele deu algum tiro contra os policiais. O certo, contudo, é que há cerca de dez anos esse mesmo vigilante foi meu cliente, porque ele praticara ato criminoso, não lembro bem se roubo ou homicídio”, concluiu o advogado Charles.
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