Diretora do sistema SESI/SENAI fala do anúncio de cortes de 50% nos repasses das instituições
Proposta integra o texto de uma Medida Provisória editada pelo Governo Federal como justificativa para o enfrentamento à pandemia do Coronavírus.
Cleber Barbosa
Da Redação
Aline Vieira, diretora do SESI e SENAI no Amapá foi ao rádio nesta quarta-feira (01) falar sobre os cortes anunciados pelo Governo Federal nos repasses para as entidades do chamado Sistema S em todo o país. Falando ao programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9), ela disse que os órgãos locais terão que se adequar à Medida Provisória que já foi anunciada e que isso demandará revisões tanto em ações como de ofertas de serviços à comunidade.
A executiva avalia como sendo uma notícia ruim para o país inteiro e que naturalmente o Amapá sentirá os mesmos impactos.
Ela também comentou que já vinha sendo debatido há algum tempo uma reformulação dos repasses do Sistema S, que já vinha se preparando para isso. “Independe da contribuição que vem da indústria, então quando essa contribuição é reduzida ou cortada, não se tem investimento público, então você depende das receitas e serviços que são comercializados, portanto acaba tendo um efeito dominó”, pondera a diretora.
Dando exemplos práticos dessa realidade, Aline Vieira explicou que muitos produtos foram revistos durante esse tempo, mesmo que as entidades não esperassem que isso pudesse acontecer, tampouco a questão da pandemia, mas agora juntaram-se dois problemas de uma vez só, pois a questão do corte era uma ameaça, mas ao mesmo tempo as entidades como SESI e SENAI também tinham ações de combate à pandemia – que agora também começam a ficar comprometidas.
Ainda assim, a executiva demonstra resignação e diz que todo o planejamento está sendo revisto dado a flagrante queda no rendimento. “A gente está revendo tudo o que pode ser feito, buscando uma maneira de sair dessa crise mais forte”, disse ela.
Com a edição da medida provisória, que prevê uma redução por três meses na ordem de 50% dos repasses das contribuições recolhidas junto às indústrias, há um prazo até esta quinta-feira, dia 02, para a apresentação de emendas à essa MP. “Ainda cabem emendas e aperfeiçoamentos da medida provisória então estamos tendo adesões importantes de quem acha realmente trágica essa medida, pois não são apenas os noventa dias, são os meses de contribuição então isso vai acabar impactando como cento e vinte ou até mais dias”, completa.
Deixe seu comentário
Publicidade