Cidades

Dirigente de juízes do trabalho diz ser contra redução de salários de servidores

Para dirigente da entidade, trabalhadores e servidores já derem sua parcela de contribuição e agora cabe ao estado brasileiro prestar assistência durante a pandemia do Covid-19.


Cleber Barbosa
Da Redação

O juiz do trabalho Saulo Mota, que preside a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região (Amatra VIII) falou nesta segunda-feira (30) sobre o apoio que a classe está dando ao programa de renda básica de cidadania e do imposto sobre grandes fortunas, que são propostas legislativas para enfrentar a crise econômica da pandemia.

O magistrado foi entrevistado pelo programa Café com Notícia, da rádio Diário FM (90,9) e disse que a categoria entende que neste momento o governo deve oferecer condições para que as pessoas efetivamente consigam cumprir o isolamento sem prejuízos do próprio sustento.

Neste sentido, o magistrado declarou que os trabalhadores da iniciativa privada e os informais merecem maior e melhor atenção, tanto que a entidade que ele preside manifestou-se oficialmente por meio de uma nota em que defendem a impossibilidade das redução dos postos de trabalho, bem como salários de trabalhadores e servidores públicos como um todo.

Sobre as formas para se viabilizar tudo isso, o juiz do trabalho diz que o próprio Ministério da Economia, a Receita Federal e outros órgãos afins da União, tem como mapear os informais, inclusive já existe acesso a esse cadastro pela própria Internet.

O juiz Saulo Mota disse ainda que os magistrados da 8ª Região, que abarca os estados do Pará e Amapá, estão extremamente preocupados e acompanham todos os eventos relacionados a se minimizar os efeitos da pandemia mundial. “De 2017 para cá os trabalhadores já deram a sua parcela de contribuição ao país por conta da reforma da previdência, bem como os próprios servidores públicos, então nesse momento o estado brasileiro tem que intervir para proteger essas pessoas, principalmente os mais vulneráveis, de modo que possamos passar por essa crise”, disse ele.

Por fim, o representante da Justiça do Trabalho disse ser esperado que se tenham muitas dificuldades econômicas, no presente e no futuro, mas que entende ser função primordial do governo neste momento dar atenção ao povo, à sociedade e toda a cadeia produtiva, do empresário ao trabalhador informal, bem como os empregados em geral, que durante e depois da crise demorarão a se reerguer.


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