Cidades

É preciso debater o machismo dentro do futebol, diz pesquisador amapaense

O professor universitário Daniel Chaves, que é colunista da rádio Diário FM (90,9) fez uma análise sobre a polêmica envolvendo a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol.


Cleber Barbosa
Da Redação

 

O professor e pesquisador Daniel Chaves, da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), fez uma análise no rádio sobre a conjuntura política, econômica, desportiva e comportamental envolvendo o imbróglio sobre a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em especial o machismo que levou ao afastamento do dirigente Rogério Caboclo – acusado de assédio moral e sexual contra uma secretária.

 

Para o especialista, que assina a coluna “Janela de Conjuntura”, no programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9), é preciso ampliar o debate sobre a velha prática do assédio. “Nós, homens, temos essa mea culpa por tudo o que está acontecendo com as mulheres, então é imprescindível que o machismo seja discutido e trabalhado dentro do futebol”, disse o professor Daniel.

 

Ele lembrou que em meio a todas as discussões envolvendo a política nos bastidores da decisão do país sediar a Copa América em meio à pandemia, o caso de Rogério ser afastado da presidência da CBF foi mesmo o escândalo sexual, uma prática recorrente que já levou outros dirigentes ao cadafalso.

 

Sobre a conjuntura política, lembrou que é um problema bem mais abrangente. “Se num momento a FIFA perceber que há intromissão política na seleção e na CBF, corre-se o risco de a seleção brasileira ser punida em outros eventos futuros como a Copa do Mundo”, explica o professor Daniel Chaves.

 

Por fim, ele lembrou que a situação extracampo pode afetar o rendimento desportivo. “A primeira questão é dos jogadores, que vão a público amanhã, irão anunciar se vão participar ou não da Copa América. E isso politizou e criou uma narrativa de os jogadores e técnicos estariam contra o evento, indo de frente ao Governo Federal, isso às vésperas de bater 500 mil de mortes pelo Covid, concluiu Daniel Chaves.


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