Cidades

Eduardo Cunha solicita ao STF acesso a pedido de investigação

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)



 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso a um eventual pedido de investigação contra ele apresentado pela Procuradoria-Geral da República a partir da Operação Lava Jato.

No pedido, os advogados do deputado citam notícias informando que ele faz parte da lista de políticos supostamente beneficiados pelo esquema de corrupção da Petrobras e citam norma do STF que garante à defesa acesso a provas colhidas nas investigações. O pedido é assinado pelo advogado Reginaldo Oscar de Castro, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.

A Petrobras pediu ao STF acesso aos pedidos de investigação sobre o caso enviados pela PGR. Os dois pedidos serão analisados pelo relator do caso na Corte, ministro Teori Zavascki. Segundo o G1 apurou, até a próxima sexta, o ministro pretende concluir a análise sobre o fim de segredo de Justiça sobre os pedidos de inquérito contra políticos supostamente envolvidos. Na terça-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF 28 pedidos de abertura de inquérito contra 54 pessoas suspeitas de envolvimento no escândalo da Petrobras. Segundo o jornal “O Globo”, Cunha foi avisado com antecedência de que estaria na lista.

Nesta quarta, o deputado voltou a negar ter sido alertado. “Até agora, só tem especulação, eu não posso comentar especulação. A única coisa que eu posso desmentir, pela décima vez, é que eu não fui avisado de nada nem pelo [vice-presidente da República, Michel] Temer. Estive com o Temer em praticamente todos os dias e em nenhum dia ele falou nada”, afirmou.

Ele também informou que convidou o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando Souza para defendê-lo caso venha a ser investigado no caso. Em 2007, Souza formulou a denúncia do mensalão. Depois de se aposentar, passou a atuar como advogado. Antônio Fernando de Souza disse que não exclui a “possibilidade” de defender Eduardo Cunha, mas destacou que só poderá confirmar se atuará ou não no caso quando souber se o presidente da Câmara está, de fato, na lista enviada por Janot.


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