Eliminação de árvore centenária é decidida pela Justiça
Faveira, localizada no centro de Macapá, é tombada como patrimônio estadual.
Railana Pantoja
Da Redação
O corte de uma árvore do tipo Faveira, localizada na avenida Iracema Carvão Nunes, entre as ruas General Rondon e Tiradentes, parou na justiça. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional moveu uma ação alegando ser prejudicada pela árvore.
Em março deste ano, o juiz João Bosco optou pela eliminação da Faveira. O secretário de Meio Ambiente de Macapá, Márcio Pimentel, diz que a Semam entende que o juiz “levou em consideração a ausência de laudos técnicos feitos por especialistas. Na dúvida, ele foi pela questão da segurança e optou pela supressão da árvore”.
A Secretaria já tinha um estudo que apontava como suficiente somente podagem, mas outros laudos feitos também pela Prefeitura, deixavam dúvidas.
“Não teve laudo feito com equipamentos que dão análise mais precisa, por conta disso veio a decisão do juiz. Nossa procuradoria jurídica entrou em contato e pediu para que ele aguardasse um laudo consistente. Ele concordou e nós chamamos uma empresa especialista no cuidado com árvores; um técnico veio pra Macapá e fez a análise detalhada”, disse o secretário.
O resultado desse laudo técnico aponta que a árvore possui problemas, mas que podem ser resolvidos sem cortá-la. “Em resumo, o laudo indica que pode ser feito a poda. A Faveira tem problemas, afinal é uma árvore centenária, mas não quer dizer que ela tenha que ser cortada. Com cuidados e técnicas adequadas, ela ainda pode viver por muito tempo”, analisa.
A decisão final sobre o assunto sai nesta quinta-feira (16), em audiência marcada pelo juiz João Bosco e com a presença do autor do laudo, que deve ajudar na decisão.
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