Em Oiapoque, Fundação Marabaixo reforça a defesa do território quilombola de Kulumbu do Patuazinho

Uma equipe técnica da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Feppir-Fundação Marabaixo) do Governo do Amapá, sob a coordenação da diretora-presidente Josilana Santos, se encontra no Município de Oiapoque, no extremo norte do Estado, desde o último dia 30 de junho. Entre as agendas de trabalho, visitas e diálogo com lideranças da comunidade quilombola de Kulumbu do Patuazinho.

Em 2022, as cercas 40 famílias se viram sitiadas com tentativas violentas de invasão de seu território. A situação ficou ainda mais tensa com o falecimento da maior liderança; à época, as denúncias foram apuradas pelo governo estadual, através da Feppir e o caso está sendo monitorado pelo Governo Federal, através da Fundação Cultural (FCP), por se tratar de uma área certificada como remanescente.

Desde o início do ano, a Fundação Marabaixo faz articulações junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para garantir a titulação das terras e a devida regularização fundiária do território. Durante a visita, a equipe da Feppir flagrou a tentativa de retirada de madeira clandestina da área quilombola.

“Estamos aqui para reforçar a luta em defesa da garantia desse território quilombola. De um tempo para cá, moradores de Kulumbu vivem sitiados com as recorrentes tentativas de invasão de sua área. Vamos agir nas diferentes esferas, para garantir os direitos dessas famílias, especialmente o direito às suas terras”, diz a presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.

O diálogo com a comunidade e as informações da visita ao quilombo serão transformadas em relatório, o qual será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e outras instituições competentes. Kulumbu do Patuazinho é um território dentro da área urbana de Oiapoque.

Texto: Gabriel Penha
Fotos: Equipe Feppir/GEA

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