Cidades

Em Sessão Solene, TJAP empossa 10ª turma de Juízes de Direito Substitutos

Sob a condução do Presidente do Tjap, desembargador Adão Carvalho, foi dada posse a nove aprovados no certame


 

O Plenário da 10ª Zona Eleitoral de Macapá foi palco, na tarde de sexta-feira (30/06), para a 908ª Sessão Extraordinária Solene do Pleno Administrativo, convocada para dar Posse aos Juízes aprovados no X Concurso Público de Provas e Títulos para o Cargo de Juiz de Direito Substituto do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP). Sob a condução do desembargador-presidente Adão Carvalho, foi dada posse a nove aprovados no certame (de 10 aprovados), oficialmente nomeados por meio da Portaria nº 68.750, foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) nº 98. O juiz de Direito substituto Igor de Lazari Barbosa Carneiro (9º colocado no certame) tomou posse antecipadamente – por procuração e representado pela sua mãe – na manhã de sexta-feira.

 

Os juízes nomeados são, por ordem de colocação:

  • Sara Gabriela Zolandek
  • Luís Guilherme Conversani
  • Ramon das Reis Barbosa Barreto
  • Rosalia Bodnar
  • Hauny Rodrigues Pereira
  • Robson Timoteo Damasceno
  • Diogo Haruo da Silva Tanaka
  • Igor de Lazari Barbosa Carneiro
  • Luiz Gabriel Leônidas Espina Hernandez Géo Verçoza
  • Thiago Ferrare Pinto

 

Os candidatos Iane do Lago Nogueira Cavalcante Reis e Vinícius de Castro Borges, aprovados respectivamente no 7º e no 10º lugares, pediram reclassificação – seus pedidos foram homologados pela Portaria Nº 68.558/2023-GP.

 

A Cerimônia de Posse é um rito tradicional que envolve várias etapas, entre elas: o juramento dos empossandos; a leitura dos respectivos Termos de Posse pelo secretário-geral do TJAP, servidor Veridiano Colares; a assinatura de cada novo magistrado e do desembargador-presidente nas cópias do documento; e a entrega, pelo desembargador-presidente, ou por outro desembargador por ele indicado, de uma cópia do termo e da toga ao novo colega.

 

O desembargador-presidente Adão Carvalho afirmou que alguns consideravam o TJAP incompleto, com seu último concurso realizado em 2017, fazendo com que seus membros fossem sobrecarregados, por vezes com juízes atuando em quatro unidades judiciais simultaneamente. “Assim, é com imensa satisfação que procedemos com a posse dos novos juízes, e juízas, substitutos, que certamente contribuirão para que a jurisdição seja entregue de forma ágil e célere aos nossos jurisdicionados”, registrou o magistrado.

 

“Em um passado não tão distante, há poucas décadas, o perfil do magistrado era caracterizado e centrado no individualismo, no conservadorismo, no isolamento social, na burocracia extremada, no rigor da aplicação fria da lei, sendo postura o que a sociedade esperada dele à época”, ponderou o presidente.

 

“Diante da evolução social e da tecnologia, nas mais diversificadas áreas, e da quebra de inúmeros paradigmas, é exigida uma produção de atividade judiciária em um novel ambiente, tal como o exercício da interdisciplinaridade, não podendo ficar o desempenho de seu mister subserviente ao conhecimento jurídico”, pontuou. “É mister do magistrado de hoje que se integre, que conheça o meio social que o circunda e com o qual convive, para que possa decidir com segurança, equilíbrio e, acima de tudo, com justiça”, defendeu.

 

“Embora seja um ser humano como os outros, o magistrado exerce cargo diferenciado, sem demérito dos demais, e com poderes que devem ser comedidos, sopesados, observando, cumprindo e aplicando as leis. Abro parênteses para afirmar que o magistrado deve ter e preocupação com impacto social, financeiro e econômico que sua decisão pode causar na sociedade, agindo sempre pautado em uma conduta ética, moral e regrada, que jamais pode ser deixada de lado, pois sua vida pública se confunde com a particular e vice-versa”, ressaltou o desembargador Adão Carvalho.

 

“A função precípua do magistrado é analisar e julgar processos, por meio de decisões que impactam diretamente a vida de pessoas físicas e jurídicas, e ainda a sociedade como um todo”, observou, ao que acrescentou: “no processo judicializado, salvo exceções pontuais, o magistrado julga um capítulo ou toda a vida de uma pessoa, adentrando casas de família para decidir com quem ficará com os filhos; afasta pessoas de lares; decide sobre prisão e liberdade de pessoas; sequestra bens e valores; e decide sobre patrimônio – ou seja, decide a vida e o destino de pessoas”.

 

“Sejam todos os novos colegas muito bem vindos ao Poder Judiciário do Amapá e tenham sucesso ao exercer essa nova função da judicatura”, concluiu.

 

Os novos magistrados entram em efetivo exercício a partir desta segunda-feira, 03 de julho, quando atuarão por todo o estado em substituição a outros magistrados durante suas respectivas ausências ou em esforços de cooperação com juízes titulares, conforme determinar a Corregedoria-Geral de Justiça do TJAP.

 


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