Empreendedores e usuários reclamam de abandono do Terminal Rodoviário de Macapá
Sem manutenção e ainda aguardando a empresa concessionária assumir a gestão, local acumula sujeira no interior do prédio. Lixeiras viciadas no entorno e matagal em um terreno ao lado serve de esconderijo para bandidos.

O Terminal Rodoviário de Macapá tem sido alvo de centenas de reclamações ao longo da semana no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9). Já privatizado, mas ainda sob a gestão do governo do estado (GEA), o Terminal, localizado na Rodovia BR-210, no bairro São Lázaro, Zona Norte da capital, está há muitos anos sem passar por manutenção estrutural e atualmente mais parece um casarão abandonado.
Uma equipe do programa, comandada pelo repórter Costa Filho esteve na manhã desta quinta-feira (26) no local e constatou o estado de abandono, com acúmulo de sujeira no interior, além do matagal e lixeiras viciadas no entorno. Por isso, segundo empreendedores e usuários, o movimento vem diminuindo cada vez mais, prejudicando os negócios e comprometendo a prestação de serviços à população.

“Aqui a gente vê muito lixo, pouco movimento, apesar de ser o principal local de partida para os municípios. É muito triste ver a situação da rodoviária, que está largada às baratas, como fala o ditado popular. Espero que melhore com a privatização e haja mais fiscalização, mas por enquanto está muito difícil, há poucas corridas, ainda mais concorrendo com carros de transporte pirata. Do lado de fora a situação é ainda pior, por causa do mato alto, principalmente em um terreno grande, de esquina, bem ao lado do Terminal, que está sendo transformado em lixeira viciada e como esconderijo de bandidos”, reclamou um taxista que faz ponto no local.
Outro ouvinte, que se identificou como Tiago, pediu um posicionamento do governo do estado sobre a privatização: “Quero saber o que vai melhorar no Terminal com a privatização. O governo, através da Setrap, não conseguiu administrar o empreendimento ao longo de décadas, apesar de ser pequeno. Resta saber se a empresa que ganhou a licitação, mas ainda não assumiu a gestão, vai fazer investimentos para melhor o atendimento”.

Para José Wilson, que trabalha no local, a concessionária deveria assumir logo a administração do Terminal: “Aqui tem várias dezenas de famílias que trabalham para garantir o sustento com pequenos restaurantes e lanches, por exemplo; sabemos que muitas dessas famílias vão continuar trabalhando, mas outras vão sair; isso nos preocupa muito. Mesmo com essa expectativa, acredito que a privatização vai melhorar em muitos aspectos, como a organização do lugar, a prestação dos serviços com qualidade, como se vê em outros capitais, mas é preciso uma definição rápida, porque do jeito que está é complicado”.
A reportagem tentou contato telefônico com a secretaria de estado de Transportes (Setrap), que é responsável pela administração do Terminal Rodoviário, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
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