Cidades

Empresa de publicidade investigada pela Lava Jato recebeu R$ 1

O Ministério da Saúde divulgou que repassou R$ 123,7 milhões entre os anos de 2011 e 2014 para a agência de publicidade Borghi Lowe, investigada pela Operação Lava Jato. Esse valor representa 17,6% do total de recursos gastos com publicidade pela pasta no período.



 

De acordo com a apuração da PF (Polícia Federal), a Borghi Lowe subcontratava serviços de publicidade e repassava verbas para outras empresas, que seriam comandadas pelo ex-deputado André Vargas (sem partido) e seu irmão, Leon Vargas – ambos presos.

A suspeita é de que as produtoras subcontratadas pela Borghi Lowe mantinham um esquema com André Vargas, desviando uma fatia de 10% de cada contrato para o ex-deputado. Somente do Ministério da Saúde, quatro produtoras receberam R$ 2,6 milhões entre 2011 e 2014.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, (foto), determinou a suspensão de todos os pagamentos à Borghi Lowe assim que tomou conhecimento da suspeita de envolvimento no esquema de desvio de verbas e criou uma sindicância interna para investigar as possíveis irregularidades.

No entanto, o ministro afirma que nenhum contrato foi firmado de maneira ilegal. Segundo ele, a Borghi venceu licitação em 2010 e tinha convênio com o Ministério da Saúde até o fim deste ano. Chioro também garante que recebeu os serviços contratados, que há notas fiscais de todos os produtos e que todos os contratos estão no valor de mercado.

“A modalidade de subcontratação é uma modalidade prevista na legislação, o levantamento preliminar mostra 27 produtos efetivamente apresentados e atestados pela equipe técnica do Ministério da Saúde, portanto eles não são inventados. Os pagamentos estão dentro dos padrões estabelecidos, dos preços estabelecidos, temos produtos apresentados, notas apresentadas, dentro dos valores de mercado”.

O ministro afirma ainda que não há nenhum contrato direto entre o Ministério da Saúde e as empresas subcontratadas, que seriam produtoras de fachada, mantidas pelos irmãos Vargas. De acordo com Chioro, o repasse foi todo indireto, realizado entre as empresas privadas.


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