Cidades

Encontro de criadores esclarece sobre cuidados e legislação

Pássaros


É um hábito do amazônida criar pássaros em casa. Hoje, a grande preocupação do Governo do Amapá é regularizar os criadores para inibir o comércio ilegal das aves. Para promover a iniciativa, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) realizou na manhã do último domingo, 23, o Encontro Estadual de Criadores de Pássaros.

O cenário escolhido foi à sombra das árvores da Praça Veiga Cabral. Dezenas de passaricultores acompanhados dos pássaros de estimação dividiram experiências, tiraram dúvidas, e apoiaram a ação de regularizar as aves.
Um bom exemplo é o autônomo Elias Monteiro. Ele tem um bicudo há mais de vinte anos, e na primeira oportunidade que teve legalizou a ave para não correr risco de perder o animal. “Ele é o xodó da casa. Um grande companheiro, por isso, decidimos legaliza-lo para que nada o impeça ficar em nossa família”.

Assim como o bicudo do Elias, outros dois mil pássaros já foram legalizados no Amapá. A legalização permite além da criação, o proprietário ter a procedência da ave. O pássaro ‘Cartola’ é da espécie bicudo. Ele possui a descrição da procedência na sua ficha, como data de nascimento e filiação, indicando o nome do pai e da mãe. Um pássaro nascido em cativeiro totalmente legalizado.

Hoje, o comércio de pássaros prevê justamente essa conduta. Que a pessoa interessada em criar o animal compre-o de um criador comercial, que é autorizado a vender, e fornece a ave com a anilha que garante a procedência do pássaro.

O secretário de Meio Ambiente, Marcelo Creão, participou do encontro e conversou com os passaricultores, explicando o passo a passo do processo de legalização: “A Sema hoje está realizando o pré-cadastro, um passo importante para legalização. Se pessoa estiver de acordo com a lei, o documento final sai de 30 a 60 dias. A grande preocupação do Estado é justamente regularizar para inibir o comércio ilegal. O primeiro passo foi dado com sucesso”.

No Amapá existem quatro associações de criadores de pássaros, com um total de cinco mil passarinheiros cadastrados. No Estado, é permitida a criação em cativeiro de duas espécies: bicudo e curió. A permissão é garantida por serem espécies de comprovada procriação em cativeiro.


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