Cidades

Entendimento põe fim a conflito entre jornalista e afrodescendente

A promotora de Justiça Sílvia Canela, coordenadora do Núcleo, acompanhada dos facilitadores Lucivane Sales e Jorge Henrique Souza, reuniu com as partes envolvidas no conflito, utilizou o método do círculo restaurativo e promoveu o diálogo que transformou o desentendimento em oportunidade de reconstrução da relação entre os envolvidos e a busca de um futuro com respeito e tolerância.


O Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas da Promotoria de Justiça de Santana realizou um círculo restaurativo pondo fim a conflito entre jornalista e representantes de grupo afrodescendente, gerado no período do Carnaval. O mal-entendido ganhou repercussão nas redes sociais e mobilizou a categoria dos jornalistas e do movimento negro que, enfim, após o círculo de solução de conflito no Ministério Público do Amapá (MP-AP), entraram em consenso e sinalizaram com a paz e o compromisso de união de forças na luta contra o racismo e a intolerância religiosa.

A promotora de Justiça Sílvia Canela, coordenadora do Núcleo, acompanhada dos facilitadores Lucivane Sales e Jorge Henrique Souza, reuniu com as partes envolvidas no conflito, utilizou o método do círculo restaurativo e promoveu o diálogo que transformou o desentendimento em oportunidade de reconstrução da relação entre os envolvidos e a busca de um futuro com respeito e tolerância.

“Nosso trabalho no Núcleo tem esse compromisso de estabelecer a paz, mas também de agregar conhecimento com base na experiência negativa, transformando em ações positivas no enfrentamento de situações conflituosas para evitar que eventos dessa natureza voltem a acontecer”, ressaltou Alzira da Silva, que fez a intermediação entre os envolvidos para que ocorresse o círculo.

“As partes compareceram com os espíritos  desarmados, o que colaborou para o sucesso do círculo restaurativo realizado.  A utilização dessa metodologia vem sendo feita em diversos conflitos, com sucesso, ressaltando que também a utilizamos como prevenção à violência. Isto é fundamental para estabelecermos essa cultura da paz”, pontuou Sílvia Canela. A promotora de Justiça vai formalizar um Termo que será assinado pelos envolvidos, resultante do acordo por eles feito.

O mal-entendido ocorreu no domingo de Carnaval (7), durante a Batalha de Confetes realizada pela Embaixada de Samba Cidade de Macapá, no Largo dos Inocentes, e envolveu o jornalista Elton Tavares (Blog De Rocha), que participava do evento junto com outros jornalistas do bloco da Imprensa, e integrantes do Bloco de Afoxé Alabê Axé, que reúne filhos de santos de diversas casas de candomblé e umbanda de Macapá e Santana, que fazia sua apresentação no palco e cujos integrantes sentiram-se ofendidos com uma manifestação feita pelo jornalista, na ocasião.

Como resultado do círculo, os jornalistas e os representantes do movimento afrodescendente, além de celebrarem a paz, assumiram o compromisso de realizar uma oficina para os integrantes da imprensa amapaense, com temas sobre racismo e intolerância religiosa, para construção de uma agenda positiva nos meios de comunicação local, com apoio do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (NEAB/UNIFAP), da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Amapá (OAB/AP) e do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Amapá (SINDJOR), em data a ser definida posteriormente.


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