Cidades

Especialista amapaense fala do impacto da tragédia libanesa no Brasil

Comentarista internacional da Diário FM analisa as consequências que vão além das causas da explosão no Líbano.


Cleber Barbosa 
da Redação

 

Comentarista internacional do programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9), o professor Tiago Luede, da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), disse nesta terça-feira (11) que permanece um grande mistério as causas da explosão ocorrida na semana passada em Beirute, no Líbano.

 

Formalmente, o que se sabe é que um incêndio num depósito acabou ocasionando a explosão em mais de 2 mil toneladas de nitrato de amônio.

 

“Mas na ocasião surgiram dúvidas se não seria um atentado terrorista, mas isso parece ter sido rapidamente descartado, tanto pelo governo como pelas principais agências de notícias”, disse.

 

Mas o fato de ter sido uma explosão ocorrida em uma localidade relativamente afastada do centro da cidade, embora não afaste a suspeita de atentado terrorista, tem sido observada de outra forma pela cobertura do evento por organismos de imprensa do Oriente Médio.

 

Para o comentarista amapaense, começam a surgir outras possibilidades que não exatamente um atentado.

 

“Aquela carga que teria sido deixada por um navio russo e o governo local não teria tido a devida competência para tratar daquilo acabou deixando estocado de forma inadequada na região do porto, há quem diga que aquela carga poderia pertencer ao Hezbollah, que é um grupo político e paramilitar que existe no Líbano que poderia ser responsável por um ataque de míssil ou outra forma do governo de Israel que vem brigando com o Líbano e o Hezbollah há algum tempo”, ponderou.

 

Desdobramentos

Por fim, o especialista em política internacional acredita que a verdade certamente vai demorar para aparecer, trazendo consequências como o aprofundamento da crise política daquele país e, consequentemente uma crise econômica, com forte impacto na vida da população civil em grave processo de empobrecimento.

 

Ajuda

Ele lembrou que existe uma grande colônia libanesa no Brasil – e também importante no Amapá. Daí confirma a preocupação da diplomacia e do governo brasileiro em enviar ajuda humanitária para Beirute e ainda designar o ex-presidente Michel Temer, que também tem origem libanesa, para chefiar a missão brasileira por lá.


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