“Expofavela é vitrine para levar para o Brasil o potencial do Amapá”, diz empreendedor
Dez amapaenses expõem durante os três dias do evento que ocorre em São Paulo, capital.

Douglas Lima
Editor
Sendo um evento da Cufa (Central única das Favelas), a Expofavela ocorre a partir desta sexta-feira, 1, até domingo, no ‘Center Norte’, na capital paulista, reunindo o trabalho de aproximadamente 200 empreendedores do Brasil, focando nos que têm origem em áreas de comunidade. Representando o estado do Amapá, dez empreendedores expõem seus estandes durante os três dias de evento.
O programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9) ouviu três dos empreendedores que falaram sobre seus projetos e da importância do evento, destacando, principalmente, a oportunidade que a Expofavela oferece, que segundo Michel Carvalho, “é uma forma de aumentar sua network e fazer negócios”.
Sobre seu empreendimento a ser exposto, Michel informou que atua na área da ‘construtech’ e desenvolveu um produto que visa substituir o cimento. A argamassa produzida por ele faz até três metros de parede com três quilos do produto; em comparação às outras marcas do mercado, ele afirma que o seu é mais “atualizado”.
O empreendedor também afirmou que são utilizados na produção de seus produtos sedimentos transportados pelo rio Amazonas: “Pegamos os sedimentos e rejeitos, industrializamos eles com uma formulação própria e ele vai pra construção civil, substituir o cimento”, disse Michel. “Expofavela é uma vitrine para levar para o brasil o potencial do Amapá”, concluiu.
Também ouvida no programa de rádio, Samanda Santos, empreendedor que também representa o Amapá na feira, falou que trabalha com artesanato quilombola: “Venho trazer uma das nossas marabaixeiras, as nossas saias de marabaixo, nossos instrumentos, nossas caixas, tambores, os livros de minha mãe que buscam valorizar os acontecimentos dentro da nossa comunidade”, informou.
Dando visibilidade ao município de Calçoene, Raulyan Barbosa lidera o projeto ‘Casa do Marceneiro Raiz’, que a partir de madeiras rejeitadas ou descartadas pela construção civil, produz produtos inspirados na cultura nórdica viking, cultura geek e nerd. Para Raulyan, seu trabalho também ajuda a contar a história de seu município, uma vez que parte da madeira utilizada em seu trabalho vem de escolas antigas, quilombos e pontes de Calçoene.
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