Cidades

Familiares de vítimas de feminicídio pedem Justiça e fazem apelo para o combate à violência contra a mulher

A carreata acontece no sábado, 15 de agosto às 20h na Praça do Barão com percurso encerrando no Parque do Forte, além de adesivação de carros.


Texto: Anita Flexa

 

Em depoimentos fortes e emocionados, Naldinéia Miranda, Alessandra Caldas e Ana Tereza Silva pedem justiça para as vítimas de feminicídio, não só suas irmãs e filha, mas para todas as mulheres vítimas de abuso mental, sexual e moral.

“A Emily sempre foi muito independe, desde cedo. Quando ela percebeu que a relação já estava impedindo-a de viver a sua vida, terminou a relação. E ele, um homem que não conseguia ver ela ser feliz sem ele, um homem de mentalidade fraca, a matou. Não admitiu que ela vivesse a vida dela. Queremos justiça”, falou Naldinéia Miranda, mãe da Cabo Emily e coordenadora da “Carreata da Paz”, emocionada.

O crime, que completa dois anos nesta quarta-feira, ainda segue sem julgamento, e o soldado Kássio Mangas, acusado do assassinato da ex-companheira, segue preso no Instituto Penitenciário do Amapá.

“São 4 anos que minha irmã foi assassinada e até hoje o assassino dela está foragido. Sinto uma tristeza e revolta tão grande por saber que ele está solto, e que talvez ele já tenha reconstruído a própria vida”, falou Alessandra Caldas, irmã de Adriana Caldas.

 

Adriana foi assassinada pelo ex-marido em 2016, o mesmo encontra-se foragido da justiça. “Não é fácil pra mim e nem para a minha família, mas não devemos ter medo, e não vamos ter medo desse ser que tirou a vida da minha irmã. Ele não matou só a minha irmã, mas a minha mãe também, ela morreu de tristeza e saudade da filha. Nós vamos honrar o nome da Kátia”, afirmou Ana Tereza Silva.

À redação, Ester de Paula diretora adjunta da Fundação  Orvalho de Hermon – (FOH), ressaltou que a violência contra a mulher ocorre a cada 3 horas e 49 minutos uma mulher é violentada no município de Santana. A Fundação, a qual é gestora, fica no Município de Santana no Bairro da Hospitalidade e há mais de 20 anos trabalha com campanha de enfrentamento a violência contra à mulher. Além de apoio às marchas, atos que chamam por justiça.

“No Brasil o índice de feminicídio aumentou 22% durante a Pandemia do Covid-19. Basta de feminicídio!”, afirmou Ester de Paula.

 

Do luto transformaram a dor da perda em luta para um basta da violência contra a mulher. Foram crimes hediondos e até hoje sem justiça para mães, irmãos e filhos. E para lutar em favor dos direitos e deveres, e para que a justiça seja feita, promoverão uma manifestação em forma de carreata.

A Carreata da Paz é uma manifestação para pedirmos justiça para essas mães e familiares que estão passando por essa dor tão grande. Para servir de alerta também para todas as mulheres que são vítimas de violência, vocês não estão sozinhas”, disse Rozely Martins, apoiadora do evento Carreata da Paz, à redação do Café com Notícia.

 

Evento: Carreata da Paz
Data: 15/08/2020
Horário: 8H
Percurso: Rua: Cândido Mendes até o Mercado Central Dobra A Direita , Rua: São José, Av: Padre Júlio, Rua Leopoldo Machado, Av: Feliciano Coelho , No Supermercado Fortaleza Matriz Segue Pra Orla Até A Praça Do Forte.

 


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