Cidades

Famílias ocupam habitacional abandonado na zona sul de Macapá

De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura, Alcir Matos, a obra teve início com contrapartida do Governo Federal e do Governo Estadual, mas segue sem previsão de finalização.


Railana Pantoja e Olívio Fernandes
Da Redação

Na noite desta quinta-feira (27), famílias começaram a ocupar o Conjunto Habitacional Congós, na zona sul de Macapá. A obra faz parte do antigo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 1), foi iniciada em 2011, mas, até hoje não foi concluída.

Após 10 anos de espera, cerca de 20 famílias que moram de aluguel ou na casa de parentes optaram por invadir o habitacional, que está abandonado e servindo como refúgio para criminosos e usuários de drogas. “A gente precisa de um lugar para morar e não sabe o que fazer, pois chega o final do mês e fica difícil pagar o aluguel, estamos vivendo uma pandemia e não é fácil pra ninguém. Então, optamos por ocupar aqui. Fizemos uma limpeza dentro e fora, pois estava tudo sujo. A gente queria que alguém pudesse nos ajudar”, pediu Luiz Machado, um dos ocupantes do habitacional.

Antes da ocupação, comerciantes e moradores relatavam constantemente a falta de segurança na região. O 1º Batalhão da Polícia Militar do Amapá (PMAP), responsável pela área sul, chegou a realizar diversas operações para dispersar usuários de drogas que costumam ocupar o local, mas, momentos após a saída da polícia, o habitacional volta a ser utilizado.

De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura, Alcir Matos, a obra teve início com contrapartida do Governo Federal e do Governo Estadual, mas segue sem previsão de finalização.

“Hoje o Governo do Amapá banca 50% do valor investido nos apartamentos, urbanização, tratamento de água e esgoto. Nós conseguimos salvar esse convênio federal, estamos entrando com recursos, a obra não parou e tem uma empresa mobilizada, embora não tenhamos vigilância lá. A parte ocupada é formada por 120 unidades, que foram dadas como recebidas pela Caixa Econômica, mas, nunca foram colocadas as famílias para morarem. Com o tempo, tudo foi roubado e depredado”, explicou o secretário Alcir Matos.

Segundo ele, esta primeira fase da obra atualmente precisaria ser bancada só pelo governo estadual, pois trata-se de uma reforma: “Foram levadas luminárias, portas, janelas, vasos sanitários, enfim, muita coisa. Por estratégia de obras, vamos deixar para reformar essas 120 unidades junto com a conclusão das unidades que estamos fazendo, que são a outra parte do mesmo projeto. A reforma dessas unidades que estavam prontas deve custar, aproximadamente, R$ 1,5 milhão. Faremos o cronograma para acabar toda a obra, ao mesmo tempo”, finalizou o secretário.

A expectativa é que o Habitacional dos Congós seja direcionado às famílias que moram em áreas de ressaca da zona sul.


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