Cidades

Força-tarefa atua na área do Porto da Zamin para evitar novos acidentes

De acordo com especialistas, tragédia que ocorreu em 2013 e que matou 6 pessoas pode se repetir. Processo judicial tramita em São Paulo e até agora as famílias das vítimas ainda não foram indenizadas.


O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBM/AP) e coordenador da Defesa Civil Estadual coronel Wagner Coelho, afirmou nesta quarta-feira (13) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que o governo no Amapá  montou uma força-tarefa na região onde ocorreu, em 2013, o desabamento do antigo Porto da Icomi, sob a responsabilidade da Mineradora Zamin. Na última segunda-feira (11) o píer flutuante do porto tombou.

 

“Desde a ocorrência registrada esta semana foi criada uma força-tarefa para garantir a segurança no píer da Zamin, que consiste na realização da ancoragem e sinalização para evitar acidentes; ontem (12) voltamos ao local junto com o Imap, Marinha do Brasil e técnicos que têm alguma relação com esse tipo de desastre para adotarmos as medidas de segurança necessárias, e também elaborar relatório para ser enviado à Justiça de São Paulo, que está tratando do assunto”.

 

De acordo com o coronel Wagner, a Defesa Civil e a Capitania dos Portos estão realizando fiscalização permanente na área, inclusive para evitar saques, como o que foi flagrado após esse novo desabamento, quando uma pequena embarcação foi flagrada levando partes metálicas da estrutura do porto.

“Esse trabalho tem que ser feito para evitar mais prejuízos para o Estado, porque se trata de material muito caro e de fácil comercialização no mercado clandestino, numa ação caracterizada como furto, que é tipo dos chamados ratos d’água”.

Também ouvido pela bancada do programa, por telefone, o Procurador-Geral do Estado (PGE), Narson Galeno fez uma retrospectiva sobre desde a ocorrência do primeiro desabamento, em 2013, e confirmou que os relatórios serão encaminhados à Vara de Recuperação Judicial da Justiça de São Paulo, que concentra as ações contra a Mineradora Zamin.

 “Estamos adotando todas as providências técnicas e jurídicas cabíveis, e os relatórios serão encaminhados à Justiça de São Paulo para conhecimento do Juiz, e buscarmos dar mais celeridade às ações”, ressaltou.


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