Formados pela Ueap estão sob ameaça de perder direito ao mercado de trabalho
Situação vexatória será discutida por autoridades da educação, governo do estado e bancada parlamentar em reunião no feriado de carnaval

Douglas Lima
Da Editoria
As pessoas que se formam na Universidade do Estado do Amapá (Ueap) vivem a situação constrangedora de no verso de seus diplomas constar a validade provisória do documento em razão do Ministério da Educação (MEC) ainda não ter reconhecido os cursos da instituição estatal de ensino superior.
O problema foi revelado na manhã desta quinta-feira, 23, no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diário FM 90,9), pela presidente do Conselho Estadual de Educação, Eunice Bezerra, e pelo presidente da Câmara de Educação Profissional e Ensino Superior, professor Carlos Nilson.
A entrevista de Eunice e Carlos Nilson suscitou a participação, no programa, do governador Waldez Góes (PDT) e do senador da república Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o acerto de se fazer uma reunião no feriado de carnaval entre a direção da Ueap, Conselho de Educação, Câmara de Ensino Profissional, o próprio governador e toda a bancada parlamentar amapaense em Brasília (deputados federais e senadores).
A ideia do encontro foi do senador Randolfe Rodrigues em virtude da presidente do Conselho Estadual de Educação, Eunice Bezerra, ter reclamado da falta de recursos que a Ueap enfrenta para avançar em pesquisas, extensão e construções. Eunice e Carlos Nilson reclamaram de que a Universidade do Estado do Amapá sobrevive apenas com recursos do Tesouro Estadual, e que por isso precisa do apoio de emendas parlamentares.
Waldez e Randolfe se dispuseram a trabalhar para alavancarem a Ueap. O governador informou que a sua administração vai investir para a construção do campus tecnológico da universidade, na rodovia JK e que já tem pronto projeto para infrastruturar o campi rural da instituição. Waldez lembrou que a folha de pagamento da Ueap, no montante de R$ 19 milhões por ano, é paga pelo governo que mensalmente destina R$ 700 mil para o custeio da universidade.
O senador Randolfe Rodrigues, sem mencionar valores, disse que a bancada parlamentar tem conseguido emendas para a Ueap, mas que tem enfrentado dificuldades para liberação, por parte do governo federal.

Waldez Góes e Randolfe Rodrigues destacaram que de fato a Universidade do Estado do Amapá precisa de recursos em dinheiro para progredir, e que a responsabilidade por isso cabe ao Poder Público e aos parlamentares, mas que a qualidade dos cursos é da competência da direção da instituição.
A conselheira Eunice Bezerra informou que por ora a Câmara de Educação Profissional trabalha na finalização da avaliação institucional dos 12 cursos oferecidos pela Ueap, no sentido de alertar a Reitoria da necessidade de cumprir com as normas exigidas pelo MEC, uma vez que a validação dos diplomas dos já formados pela universidade tem prazo a esgotar. E que caso as providências não sejam tomadas esses doutores ficarão sem poder atuar no mercado de trabalho. Além disso, ressaltou Eunice, pelo menos por enquanto a Ueap não pode criar outros cursos.
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