Cidades

Fundo do FGTS tem mais de R$ 11 bi aplicados em grupos da Lava

Representa pouco mais de 1/3 de todos investimentos do FI-FGTS.



 

O Fundo de Investimento (FI) com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para obras de infraestrutura tem mais de R$ 11 bilhões em recursos aplicados em empresas que fazem parte de grupos investigados na operação Lava Jato, confirmou a Caixa Econômica Federal, responsável por sua administração. Ao todo, os recursos do FI-FGTS em infraestrutura somaram R$ 31,49 bilhões em setembro de 2014 (última posição disponível), de acordo com dados oficiais.

Segundo o vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros da Caixa, Marcos Vasconcelos, quando são consideradas apenas as empresas citadas diretamente na operação Lava Jato, e não os grupos (holdings), o valor de aplicações do fundo é menor: cerca de R$ 3 bilhões.

O executivo da Caixa negou interferência política para liberação dos recursos para as empresas investigadas na operação Lava Jato. Pelo modelo do FI-FGTS, as aplicações são decididas, em última instância, por um comitê de investimentos, formado, em sua maioria (6 integrantes) por pessoas indicadas pelo governo. Outros três membros são representantes de trabalhadores e três pessoas são indicados pelos empregadores.

“Não há qualquer influência política. Essas empresas [nos quais os recursos foram aplicados] fizeram investimentos. A análise de investimentos demora de oito meses a um ano e meio”, disse Vasconcelos, acrescentando que o comitê de investimentos é a última instância de decisão. Antes disso, os investimentos, segundo ele, têm de passar por análises de seis comitês, e, também, de uma das três grandes agências de risco (Moodys, Standard & Poors ou Fitch), além de avaliações de equipes internas e externas. “São projetos de complexidade grande”, declarou.


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