Cidades

Garcia diz ter ‘esperança’ de evitar que outro brasileiro seja

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia



 

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou ainda ter “esperança” de livrar da execução o brasileiro Rodrigo Gularte, preso na Indonésia por tráfico de drogas e condenado à morte.

Após cerimônia no Itamaraty, Garcia lamentou a morte de outro brasileiro, Marco Archer, fuzilado no sábado pelo mesmo crime no país asiático. Assim como Archer, Gularte foi preso por tráfico em 2004, mas a data de sua execução ainda não foi definida.

“A preocupação do governo brasileiro, já que não conseguimos ser exitosos na questão do primeiro executado, é que tenhamos pelo menos possibilidade de resolver esse caso [de Rodrigo Gularte] […] A esperança é sempre a última que morre. Então vamos trabalhar nessa direção”, afirmou Marco Aurélio Garcia.

Archer foi executado no sábado, depois que a presidente Dilma Rousseff pediu clemência ao governo indonésio, mas não foi atendida. Um dia antes do fuzilamento, Marco Aurélio Garcia enviou um pedido de ajuda ao Papa Francisco para interceder junto à Indonésia pela vida dos brasileiros.

“Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Fizemos muito, mas lamentavelmente não conseguimos”, disse Garcia. Questionado se a morte de Archer não levará ao estremecimento das relações com a Indonésia, ele respondeu: “Não quero dar minha resposta em caráter de ameaça. A preocupação fundamental é salvar uma vida”, afirmou, em referência a Gularte.

O assessor internacional confirmou que advogados e familiares de Ricardo Gularte tentam convencer as autoridades indonésias a substituir a pena de morte pela internação em um hospital psiquiátrico, alegando quadro de esquizofrenia. “Pode ser, é o que está sendo trabalhado lá. Essa é a avaliação dos médicos lá”, afirmou Garcia.

O atual presidente da Indonésia, Joko Widodo, que negou o pedido de Dilma, assumiu o cargo em 2014 sob a promessa de campanha de aplicar “mão pesada” na luta contra as drogas. Ele afirmou, no mês passado, que iria rejeitar os pedidos de clemência das 64 pessoas no corredor da morte por crimes relacionados a drogas.


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