Garimpo do Lourenço tem maior incidência de casos de malária no Amapá
Região de Calçoene tem puxado a maioria das notificações dos casos de malária

Nesta terça-feira (25) é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra a Malária, data estabelecida em 2007 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para marcar o reconhecimento aos esforços globais para o controle efetivo da doença.
Além das medidas direcionadas à redução de casos, outra ação essencial a ser lembrada é o acompanhamento de pacientes, bem como o monitoramento de eventos adversos provocados pelo uso de medicamentos utilizados no tratamento da malária.
No Amapá, as regiões indígenas e de garimpo têm maior incidência de casos de malária, sendo que em 2023 o Garimpo do Lourenço, em Calçoene, tem puxado a maioria das notificações.
“No fim de 2022 e início de 2023 estamos com um aumento. Mas, podemos atribuir o Garimpo do Lourenço como o ‘vilão’ neste momento, em decorrência do aumento de casos na região”, disse Rackel Barroso, gerente do Núcleo de Vigilância Ambiental da SVS/AP.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início continua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios.
No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Transmissão:
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (usuários de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.
Tratamento:
Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; gravidade da doença.
Prevenção:
– Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
– Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.
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