Cidades

GEA atua para conter danos do rompimento de barragem garimpeira em Porto Grande

Estrutura que cedeu, deixando suspeita de poluição de rios da região, tem origem em garimpo ilegal; CSA não constatou metais pesados em água coletada


 

Douglas Lima
Editor

 

O Governo do Estado do Amapá montou uma força tarefa para conter os danos causados pela barragem de um garimpo ilegal no município de Porto Grande. A estrutura rompida liberou rejeitos em rios da região, mas segundo análises iniciais da CSA, não há a presença de mercúrio ou de metais pesados nas águas. A informação foi passada por Cleane Pinheiro, analista de meio ambiente da Sema, ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), na manhã desta sexta-feira, 14.

 

 

“Estamos trabalhando para apurar o sinistro desde a última terça-feira, 11, quando buscávamos a origem da mudança de cor do rio. A primeira ação foi tentar localizar de onde veio essa lama. Com apoio do GTA, perto do Cupixi, achamos um garimpo clandestino, onde fazem uma extração em desacordo com as leis ambientais”, informou a analista.

 

A investigação ainda constatou que a barreira do resíduo do minério não era segura, feita de forma inadequada, sem seguir as normas técnicas, o que teria ocasionado o rompimento. A estrutura do barramento também teria sido enfraquecida pelas chuvas na região. Até o momento, o fornecimento de água em Porto Grande não foi interrompido.

 

“A barreira foi levada junto aos resíduos acumulados nele. Foi para o igarapé Água Preta, afluente do rio Cupixi; também tivemos registros no Amapari, e um pouco no Araguari. Devido às grandes vazões, tivemos a felicidade de amenização do impacto no rio Araguari, com uma proporção menor, por conta da diluição”, atentou Cleane.

 

“Vamos receber um especialista em recursos hídricos da Agência Nacional de Águas, para dar o suporte à população e aos técnicos que estão à frente dessa missão. Também temos o apoio do Corpo de Bombeiros”, concluiu a analista.

 


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